esde que a prefeitura e o governo do Estado começaram a ‘concorrer’ - com ampla desvantagem para o município - ‘pela supremacia do poder’ na capital paraense - e as razões têm longo alcance -, a população, ao melhor estilo, vem “pagando o pato”. Alguém haverá de negar essa disputa que, meses atrás, soaria vã. Mas nem tudo em Belém é o que parece ser.
Como negar, por exemplo, às vésperas
de uma eleição, que a Prefeitura de Belém está para o governo do Estado tanto
quanto uma secretaria de Estado, ainda que de luxo?
Pais ou padrastos?
Pense nas obras de reforma de
mercados em Belém - Pedreira, Terra Firme, Guamá e Jurunas - e Icoaraci, que se
eternizaram exibindo placas da prefeitura e do governo em aparente harmonia,
mas com sobras infindáveis de problemas para os permissionários e para a
população, ao sabor de atrasos de pagamentos de contratos, aditivos e
desserviços. Quem afinal é o ‘pai da criança’ onde só se identificam padrastos?
Na ponta do lápis
Feirantes de Belém e Icoaraci, que
não são bobos, nem nada, reconhecem ‘particularidades em cada obra’ todo santo
dia de trabalho. No Guamá, por exemplo, dizem saber quanto já foi gasto na
reforma - cerca de 80% do valor dos recursos destinados, dizem -, apostando
entre eles que a parte executada do projeto sequer chega a 30%.
População sofre
A essas especulações se juntam as
reclamações dos consumidores, tão afetados quanto, dentro e fora das feiras,
uma vez obrigados a conviver com o desconforto nesses espaços e, não raro, no
trânsito em volta. Quer dizer, o atraso de uma obra faz mal a muita gente; o
atraso recorrente de muitas obras afeta uma população inteira - mas esse
cenário é a cara de Belém dos dias atuais: muitos interesses e poucos serviços.
Aniversário de Belém
A favor da população, porém, conta a
programação dos 408 anos de fundação da cidade, anunciada pela prefeitura - ou
seria pelo governo do Estado? - com a entrega das obras do Palácio Antônio
Lemos e do antigo prédio da Fundação Cultural de Belém, que a população não
frequenta, e dos mercados do bairro do Jurunas e da Pedreira, shows e atos
culturais nos Distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro.
No dia de aniversário, nesta
sexta-feira, 12, a programação consta de missa em ação de graças na
Catedral, "Abraço" da comunidade evangélica, na Praça do
Relógio, bolo e parabéns em frente ao Solar da Beira, no Ver-o-Peso, entre
outros.
Na mesma batida
Para abrilhantar a festa, prevista
para 20 dias, chama atenção o anúncio do governo do Estado sobre o show de
Viviane Batidão, uma promoção do governo Helder através da sua secretária de
luxo e seu executivo, Edmilson Rodrigues.
Papo Reto
A delegada Juliana chega ao segundo posto da hierarquia da Polícia Civil
do Pará depois de sofrer algumas injustiças na carreira com a marca da
responsabilidade e competência do nome da família Cavalcante.
Nomeada pelo governador Helder Barbalho, a nova adjunta da
Delegacia-Geral de Polícia substitui Daniela Oliveira no cargo a partir do dia
16. É casada com o também delegado Ricardo Rosário, filho do desembargador José
Maria Teixeira do Rosário (foto).
A nova carteira de identidade, que começa ser emitida a partir desta
sexta em todo o Brasil, substitui RG pelo CPF;. Será gratuita na primeira via.
Um ano depois, 65 pessoas permanecem presas, mas sem julgamento, pelos
atos de 8/1, sob a alegação de que "a medida seria razoável, adequada e
proporcional para garantir a ordem pública."
A Agência Nacional de Aviação Civil suspendeu o uso do Boeing 737 Max 9
no Brasil, após incidente em voo da Alaska Airlines, nos EUA, motivando o veto
imediato das autoridades americanas ao modelo.
Que sirva de exemplo: a Universidade Estadual Paulista expulsou quatro
alunos por suas participações em trote violento em julho de 2023, em
Guaratinguetá, quando obrigaram uma caloura a ingerir bebida alcóolica em
excesso, implicando em sua hospitalização.
O que estaria por trás da atitude das grandes redes do varejo em não
realizarem suas tradicionais e tão aguardadas liquidações de janeiro?
Alguns arriscam opinar que o ano passado foi recheado de pedidos de
recuperação judicial, altos juros e margens apertadas, impedindo a guerra de
ofertas que já deveria estar rolando neste início de ano.
Graças à mudança de hábito do consumidor, preço atraente e qualidade da
carne, 2030 a tilápia deve dominar 80% do mercado de peixes de cultivo no
Brasil.