Coluna

‘Com quem será?’: pergunta cantada em aniversários cai bem para Sérgio Leão, 75, que abrirá vaga no TCM

Murmúrios dos bastidores políticos apontam que o destinatário poderá ser o executivo Camilo Centeno, tio do governador Helder Barbalho, mas as versões são tantas que nada confirmam...

02/03/2024, 11:36 / Por Olavo Dutra | Colaboradores

‘Com quem será?’: pergunta cantada em aniversários cai bem para Sérgio Leão, 75, que abrirá vaga no TCM

  

uando abril chegar, o conselheiro Sérgio Leão, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), completa 75 anos de vida. Será dia 2. O número impõe a ele o que se chama nos bastidores de “Lei da bengala”. É que a regra de aposentadoria compulsória da corte de contas é semelhante ao dispositivo aplicado pelo Supremo Tribunal Federal à magistratura brasileira, fixada em 75 anos de idade. Até aí, é tudo como manda a lei. Mas, na vaga que ele deixará em aberto, nesta manda quem pode - e tudo indica que quem pode é ele, o governador do Pará, Helder Barbalho.


Prestes a completar 75 anos, Sérgio Leão abrirá vaga no TCM e abre a bolsa de apostas: bastidores políticos fazem seu jogo, mas Helder é o dono da bola/Fotos: Divulgação.

O destino - ou o destinatário da vaga -, fala-se a uma boca: Camilo Centeno, competente executivo que opera numa espécie de dois em um: é homem de confiança da família Barbalho e é, literalmente, da família, sendo tio do governador.

 

Atualmente, Centeno é diretor do Grupo Rede Brasil Amazônia de Comunicação, em substituição a Jader Barbalho Filho, hoje ministro das Cidades do governo Lula. Fonte da coluna jura sob a Bíblia que, ano passado, Camilo Centeno foi convidado para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, deixada pelo conselheiro Nelson Chaves.

 

Dia errado, hora errada

 

Naquele momento, porém, o governador trabalhava para colocar - como de fato concretizou - seu primo, Alex Pinheiro Centeno, filho de Camilo - na vaga de desembargador aberta pelo critério do Quinto Constitucional, no Tribunal de Justiça do Pará. E, para não correr o risco de atrapalhar o que foi um processo muito bem sucedido, Camilo teria declinado do convite, sem prejuízo da campanha do filho. Como a vaga no TCE precisava ser preenchida bem antes da nomeação da escolha do novo desembargador, ainda no primeiro trimestre, a escolha recaiu sobre Daniela Barbalho, conforme decisão da Assembleia Legislativa.

 

Hoje, dizem fontes, Camilo se sente pronto para migrar da RBA para a TCM, tanto que estaria preparando sucessor no comando do Grupo RBA.

 

Sonho debaixo da ponte

 

As setas que hoje apontam a vaga no TCM para Camilo Centeno é um sonho antigo de outro amigo do governador Helder Barbalho, o ex-chefe da Casa Civil Parsifal Pontes. O cavaleiro Parsifal sonhava nomear a mulher dele, ex-deputada Ann Pontes, mas esbarrou em problemas até hoje insanáveis e perdeu fôlego e poder político.

 

Estranhamente, segundo fontes próximas, Parsifal Pontes, cuja mulher teria sido preterida na indicação ao TCE, não alimenta ressentimentos; muito pelo contrário: habituou-se - se é que não faz parte da natureza dele - a “externalizar contentamento” ante as decisões do governador, embora “um fio de esperança” ainda o faça esperar pelo “milagre”.

 

“Ele é o governador”, reage o ex-chefe da Casa Civil, instado sobre o assunto, o que remete à expectativa de que, no fundo, no fundo, a nomeação da mulher dele seja um caso encerrado.

 

Pragmatismo político

 

A grande questão que circula nos meios políticos do Pará é de que o governador Helder Barbalho não se deixa levar pelo sentimento de gratidão, que era uma qualidade do pai dele, atual senador Jader Barbalho.  Não são poucos, por exemplo, os antigos amigos que Helder deixou à beira do caminho, como não são muitos os poucos amigos de antes resgatados hoje pelo governador. É um Helder pragmático.

 

Jogo de gato e rato

 

Não à-toa, foi com esse perfil do “politicamente útil” que Helder colocou uma vaga nas cortes de conta do Pará no colo do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, do MDB. A ideia, nesse caso, previa tão somente mandar o prefeito para a vitaliciedade, abandonando o que o aliado acredita ser uma promissora carreira política. Daniel teria tentado contornar a oferta, propondo o nome da mulher dele, a atual deputada federal Alessandra Haber, mas... a ideia não era essa, ora!

 

Papo Reto

 

O deputado Josué Paiva, do Republicanos (foto), comunicou a retirada do seu nome, por alegada decisão do partido, da lista de assinatura de criação de uma CPI para investigar crime de abuso sexual no Marajó.

 

O deputado Iran Lima, do MDB, presidiu a singela cerimônia de filiação de Paulo Vitor Lima ao partido.  Paulo Vítor, filho de Iran, vai disputar a sucessão do Guto Gouvêa, primo dele, em Soure, no Marajó.

 

Deu no Blog Pero Vaz de Caminha, assinado pelo ex-deputado Joércio Barbalho, tio do governador Helder Barbalho: “o Psol vai lançar a reeleição de Edmilson Rodrigues, já apoiada pelo PT”.

 

 “O MDB poderá ter o deputado federal José Priante como candidato. Quem vencer o primeiro turno será apoiado pelo outro, no segundo”.

 

Diz o blog, assim como quem não quer nada, que, no momento, a informação “pode ser apenas um exercício de futurologia do escriba”, mas não descarta a possibilidade.


Antônio Louro e Evaristo Rezende são considerados os últimos presidentes que ainda tentaram evitar a derrocada do Pará Clube. Trabalharam com dignidade e esforço, mas os outros...

 

Notícias de Redenção e de outros municípios do sudeste do Pará dão conta de que a operadora Vivo está com sinal precário na região.

 

A mineradora Vale registrou lucro líquido de US$ 2,42 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 35% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

 

Segundo o relatório financeiro trimestral, a empresa elevou em US$ 1,2 bilhão a provisão de recursos relacionada à Fundação Renova, criada para gerir as compensações e reparações pelo rompimento da barragem da Samarco.

 

Levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico aponta que 12,45% dos trabalhadores brasileiros ativos estão empregados no setor público, enquanto a média dos países membros da OCDE está dez pontos acima, com 22%.

 

O número representa que, distribuídos entre os governos municipal, estadual e federal, 11,3 milhões de pessoas atuam no setor público do Brasil.

 

Aliás, a primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente de 2024 não trouxe boas novas ao funcionalismo.

 

Na última quarta, funcionários públicos e representantes de nove ministérios iniciaram o diálogo deste ano sobre a campanha salarial dos servidores, cuja contraproposta foi rejeitada pelo governo.

 

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