Coluna

Eguchi: "Não estou sob as asas do governador, nunca conversei, não troquei bom dia, nem estive com ele".

Apontado como um dos nomes que supostamente terão apoio de Helder para concorrer à Prefeitura de Belém, delegado federal reage.

12/01/2024, 07:32 /

Eguchi:

 

m meio a mensagens de cunho religioso que tem encaminhado diariamente através de WhatsApp, o delegado federal Everaldo Eguchi fez o seguinte esclarecimento à coluna, ontem, reforçado por terceiras vias: “Amigo, a reportagem está excelente, mas meu nome não é Eduardo e não estou sob as asas do governador. Nunca conversei com ele, nunca troquei um bom dia, nem estive no mesmo local com ele”.


Em reportagem publicada ontem, o delegado federal Everaldo Eguchi aparece na lista de possíveis candidatos nas eleições deste ano com apoio do governador/Fotos: Divulgação.

Everaldo Eguchi - e não Eduardo Eguchi, como publicado equivocadamente na reportagem “Eleições 2024: as três hipóteses de Helder para eleger prefeito de Belém e a máxima de Mitterrand” -, foi o principal adversário do atual prefeito Edmilson Rodrigues nas últimas eleições municipais, sendo derrotado aos 45 minutos do segundo turno, segundo especialistas, pelo peso da máquina do Estado direcionado pelo governador Helder Barbalho para eleger o prefeito que, quatro anos depois, vem embaralhando as cartas do jogo político do governador.

 

Em uma eleição de centro acadêmico em qualquer escola pública do Pará, a sentença de Eguchi seria crível. Jovens imaturos costumam levar disputas a ferro e fogo. Na política partidária, porém, é diferente.

 

Estai preparados

 

Não se discute a geografia exposta pelo delegado federal, principalmente porque, no cenário que se desenha para as eleições municipais, onde todos aparentemente ocupam lugares distintos nas pesquisas eleitorais - e com o ano eleitoral está apenas começando -, ainda tem muita água para passar debaixo da ponte. Pedimos desculpa pelo equívoco do nome, mas, para não encurtar a prosa, recorremos à Bíblia.  

 

Apóstolo nega Jesus

 

Versículos de Lucas 22 do livro da Bíblia dão conta de que, quando Pedro negou Jesus pela terceira vez, e já se vão mais de 2 mil anos, um galo cantou. Leituras diferentes também dão conta de que os apóstolos foram avisados por Jesus que dentre eles havia aquele que o negaria “antes do cantar do galo”. E deu-se o fato de que se tratava de Pedro, o apóstolo.

 

Era uma trombeta

 

A cena ocorreu nos jardins da casa do sumo sacerdote da época, Caifás, famoso até hoje. Ocorre que, naquele tempo, sacerdotes eram proibidos de criar ou manter galos e galinhas em seus quintais ou jardins. Seria improvável, portanto, a existência de um galo naquelas circunstâncias dramáticas. A verdade é que “o cantar do galo” que Lucas relata seria o de uma trombeta romana que emitia um som tal e qual o canto do galo.

 

Hora para cantar

 

No caso do delegado federal Everaldo Eguchi, talvez o galo ainda não tenha cantado, nem o governador Helder Barbalho usado a trombeta política que costuma emitir sons e chamados semelhantes ao canto do galo.

 

Papo Reto

 

Pendurado na condição de primo-deputado, Igor Normando burlou o cerimonial e entrou de penetra na comitiva de parlamentares que subiu ao palco da “festa para Belém”, que o governo do Estado, ontem, ao comando de Helder (foto), patrocinou no Mangueirão.

 

A ideia de que posar de “papagaio de pirata” do governador, do prefeito ou do presidente dá voto é um dos mitos mais difundidos na política. E o mais errado deles. Se você ficar no lado do sol, ninguém vai te enxergar. O brilho da estrela se apaga.

 

O Tribunal de Justiça do Estado mandou dizer que fechou 2023 com aumento de produtividade em relação a 2022. De janeiro a dezembro de 2023, foram 453.799 processos baixados.

 

No total, foram proferidas 443.751 decisões e sentenças. Na comparação com o ano de 2022, foram 418.037 processos baixados e 367.108 decisões e sentenças proferidas.

 

Também houve aumento de processos que deram entrada no Judiciário paraense. Foram 461.563 em 2023 e 383.887 em 2022, com o aumento de 77.676 novos casos.

 

Os dados são do Painel Estatístico de Gestão Judiciária do TJ, administrado pelo Departamento de Planejamento, Gestão e Estatística.

 

A Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará, Aclep, completou 55 anos de fundação, ontem, neste ano sob a gestão de Gesiel Lopes, com Danilo Augusto na vice-presidência. Hoje. A Aclep anda muito desidratada, destoando do calor que embala o futebol paraense.

 

Começa hoje e segue até quarta-feira, 17, a primeira "andada" reprodutiva do caranguejo-uçá nos manguezais do Estado, período em que fica proibida a captura e a comercialização do crustáceo.

 

O Ministério Público Federal concluiu que as medidas executadas pelo governo federal, ano passado, algumas violentas, não foram eficazes para combater o garimpo ilegal na Amazônia.

 

O Dnit se organiza para turbinar as notificações de multas a proprietários de veículos para o endereço registrados pelo contribuinte no banco de dados da Receita Federal.

 

O povo Yanomami segue enfrentando a mesma crise humanitária sem precedentes, um ano depois de o governo Lula, em meio a grande estardalhaço midiático, ter decretado emergência de saúde.

 

Atualmente, o quadro alarmante de desnutrição infantil, surtos de malária e outras doenças, sem contar a persistência do garimpo ilegal, seguem condenando a nação Yanomami à morte.

 

Eguchi: "Não estou sob as asas do governador; nunca conversei, não troquei bom dia, nem estive com ele".