que se diz é que a Fundação Hospital das Clínicas Gaspar Vianna entrou no ‘modo estrangulamento’. Explica-se: dominada pelo que resta do tucanato no Pará, a Fundação ‘tem muito cacique para pouco índio’ e segue na rotina de uma unidade de saúde pública que vai do nada para lugar nenhum.
“Trava amiga”
O ‘esqueleto’ administrativo da
Fundação obedece, em tese, ao comando da médica e ex-deputada estadual Heloisa
Guimarães, do PSDB, mas as demais ramificações do partido instaladas na
instituição travam o que servidores consideram verdadeiro cabo de guerra,
interferindo diretamente e até atrapalhando o curso das ações traçado pela
presidência. “Muitas vezes”, explica fonte da coluna, a presidente vê planos e
determinações barrados nas diretorias Administrativa, na Financeiro, na
Gerência de Contratos e em outros setores. Heloísa estaria, por assim dizer,
como ‘rainha da Inglaterra’, aquela que ‘reina, mas não governa’ - e a Fundação
afunda.
De mal a pior
Segundo comentários ouvidos no
Hospital de Clínicas, a situação corre irremediavelmente para o insustentável,
mas nada disso tem passado despercebido pelo governador Helder Barbalho, como
julgam os incautos; muito pelo contrário. Helder tem na Fundação uma
espectadora privilegiada desse cenário que, sutilmente, às vezes tenta
interferir como que para harmonizar as ideias, mas também é ignorada. A médica
Adriana Lima já percebeu e tem confidenciado sua insatisfação com a postura de
desdém dos diretores, avaliando que ‘certas práticas’ observadas no hospital
representam ‘falta de compromisso com a gestão estadual’.
Amolando o cutelo
A barafunda que consome a Fundação se
explica: deve-se ao fatiamento da administração imposto pelo PSDB, que tem na
gestão, como diretor Administrativo-financeira o advogado Yan Serrão, representante
do deputado estadual e ex-vice-prefeito de Ananindeua Erick Monteiro; Mário
Filho Couto, na Gerência de Contratos e a turma que obedece ao ex-deputado
Nilson Pinto e à mulher dele, Lena Ribeiro.
Enquanto os grupos se digladiam,
Helder amola o cutelo, baseado em uma de suas máximas preferenciais: tudo ao
seu tempo.
Papo Reto
Durante a pandemia de Covid, Estados
e prefeituras recebiam verbas polpudas do governo federal, boa parte delas
desviada para fins nada republicanos.
Agora, o
governo Lula promete zerar o déficit e dividir melhor o orçamento do País, mas
o FPM segue caindo a cada mês, deixando os prefeitos sem caixa até a folha de
pagamento.
O chororô chegou à Assembleia
Legislativa, onde uma comitiva de prefeitos foi recebida pelo presidente,
Chicão Melo (foto), e pelo
líder do governo na casa, Iran Lima.
Os
prefeitos querem um naco maior da cota parte do ICMS e aumento do FPM em
1,5%, sob pena de entrar greve, fechar as prefeituras de jogar a chave
fora.
Dados do Banco Central apontam que os
bancos privados e públicos detêm R$ 25 bilhões da economia paraense, mas as
carteiras de empréstimos não chegam a R$ 21 bilhões.
A
defasagem se deve à burocracia e às exigências na tomada dos recursos, parte
pelo temor do mercado em tomar dinheiro a juros altos e não dar conta de
pagar.
Com o advento da COP 30, porém, os
empresários começam a vislumbrar a perspectiva de ganhar dinheiro com
novos investimentos em hotelaria e hospedagens, restaurantes, bares,
transportes, agendas turísticas.
A ACP
vem promovendo reuniões entre empresários e cooperativas de crédito, como a
Cresol, para viabilizar parcerias geradoras de emprego, renda e
riqueza.
Círio está chegando e os primeiros
"romeiros" já ocupam as esquinas, portas de estabelecimentos
comerciais em Belém acompanhados de crianças de colo.
O Marajó
vive seu melhor momento na economia, turismo, agropecuária, e programas sociais
que devem melhorar os índices de desenvolvimento humano e da educação.
Em pesquisa divulgada pelo Portal
Marajó Notícias, dos 80 mil turistas que vêm para os festejos do Círio,
19% querem conhecer o arquipélago.
Empresas
de navegação como a Henvil e Master Motors, dotadas de ferry-boats e
lanchas atendem Soure e Salvaterra diariamente com viagens seguras e travessia
em menos de 3 horas, sendo que as lanchas fazem em 1h30.