Coluna

PSDB se atrapalha nos próprios bicos e torna gestão insustentável na Fundação Hospital Gaspar Vianna

Dominada pelo que resta do tucanato no Pará, administração não avança ao comando de Heloisa Guimarães, travada pela ação individual de diretores do próprio partido.

14/09/2023, 11:02 /

PSDB se atrapalha nos próprios bicos e torna gestão insustentável na Fundação Hospital Gaspar Vianna

 

que se diz é que a Fundação Hospital das Clínicas Gaspar Vianna entrou no ‘modo estrangulamento’. Explica-se: dominada pelo que resta do tucanato no Pará, a Fundação ‘tem muito cacique para pouco índio’ e segue na rotina de uma unidade de saúde pública que vai do nada para lugar nenhum.


Heloisa Guimarães, presidente, tem como diretores Yan Serrão e Mário Couto Filho; o governador Helder Barbalho, a presença da médica Adriana Lima/Fotos: Divulgação

“Trava amiga”

 

O ‘esqueleto’ administrativo da Fundação obedece, em tese, ao comando da médica e ex-deputada estadual Heloisa Guimarães, do PSDB, mas as demais ramificações do partido instaladas na instituição travam o que servidores consideram verdadeiro cabo de guerra, interferindo diretamente e até atrapalhando o curso das ações traçado pela presidência. “Muitas vezes”, explica fonte da coluna, a presidente vê planos e determinações barrados nas diretorias Administrativa, na Financeiro, na Gerência de Contratos e em outros setores. Heloísa estaria, por assim dizer, como ‘rainha da Inglaterra’, aquela que ‘reina, mas não governa’ - e a Fundação afunda.

 

De mal a pior

 

Segundo comentários ouvidos no Hospital de Clínicas, a situação corre irremediavelmente para o insustentável, mas nada disso tem passado despercebido pelo governador Helder Barbalho, como julgam os incautos; muito pelo contrário. Helder tem na Fundação uma espectadora privilegiada desse cenário que, sutilmente, às vezes tenta interferir como que para harmonizar as ideias, mas também é ignorada. A médica Adriana Lima já percebeu e tem confidenciado sua insatisfação com a postura de desdém dos diretores, avaliando que ‘certas práticas’ observadas no hospital representam ‘falta de compromisso com a gestão estadual’.

 

Amolando o cutelo

 

A barafunda que consome a Fundação se explica: deve-se ao fatiamento da administração imposto pelo PSDB, que tem na gestão, como diretor Administrativo-financeira o advogado Yan Serrão, representante do deputado estadual e ex-vice-prefeito de Ananindeua Erick Monteiro; Mário Filho Couto, na Gerência de Contratos e a turma que obedece ao ex-deputado Nilson Pinto e à mulher dele, Lena Ribeiro.

 

Enquanto os grupos se digladiam, Helder amola o cutelo, baseado em uma de suas máximas preferenciais: tudo ao seu tempo.

 

Papo Reto

 

Durante a pandemia de Covid, Estados e prefeituras recebiam verbas polpudas do governo federal, boa parte delas desviada para fins nada republicanos.

 

Agora, o governo Lula promete zerar o déficit e dividir melhor o orçamento do País, mas o FPM segue caindo a cada mês, deixando os prefeitos sem caixa até a folha de pagamento.

 

O chororô chegou à Assembleia Legislativa, onde uma comitiva de prefeitos foi recebida pelo presidente, Chicão Melo (foto), e pelo líder do governo na casa, Iran Lima.

 

Os prefeitos querem um naco maior da cota parte do ICMS e aumento do FPM em 1,5%, sob pena de entrar greve, fechar as prefeituras de jogar a chave fora.

 

Dados do Banco Central apontam que os bancos privados e públicos detêm R$ 25 bilhões da economia paraense, mas as carteiras de empréstimos não chegam a R$ 21 bilhões.

 

A defasagem se deve à burocracia e às exigências na tomada dos recursos, parte pelo temor do mercado em tomar dinheiro a juros altos e não dar conta de pagar.

 

Com o advento da COP 30, porém, os empresários começam a vislumbrar a perspectiva de ganhar dinheiro com novos investimentos em hotelaria e hospedagens, restaurantes, bares, transportes, agendas turísticas.

 

A ACP vem promovendo reuniões entre empresários e cooperativas de crédito, como a Cresol, para viabilizar parcerias geradoras de emprego, renda e riqueza.  

 

Círio está chegando e os primeiros "romeiros" já ocupam as esquinas, portas de estabelecimentos comerciais em Belém acompanhados de crianças de colo.

 

O Marajó vive seu melhor momento na economia, turismo, agropecuária, e programas sociais que devem melhorar os índices de desenvolvimento humano e da educação.

 

Em pesquisa divulgada pelo Portal Marajó Notícias, dos 80 mil turistas que vêm para os festejos do Círio, 19% querem conhecer o arquipélago.

 

Empresas de navegação como a Henvil e Master Motors, dotadas de ferry-boats e lanchas atendem Soure e Salvaterra diariamente com viagens seguras e travessia em menos de 3 horas, sendo que as lanchas fazem em 1h30.

PSDB se atrapalha nos próprios bicos e torna gestão insustentável; Fundação Hospital Gaspar Vianna