descaso registrado em ruas, praças
e logradouros públicos de Belém começa a gerar cenários atípicos, senão
inusitados, como a denúncia que chega à coluna sobre a fazenda - perdão - a
Praça Dalcídio Jurandir, no bairro da Cremação. O abandono é tanto que o mato
alto passou a servir de pasto para animais que perambulam pela área. Comem,
dormem, acordam e comem novamente, porque é capim que não acaba mais. A
população. A população, a quem pertence, já não frequenta a praça.
Pasto público
Com os animais, também dividem espaço
da praça usuários de drogas e moradores de rua. A situação fez com que o local
deixasse de ser frequentado por famílias e crianças que utilizavam a praça para
o lazer e entretenimento. Os brinquedos e a estrutura de uma academia ao ar
livre montada no local também pereceram por falta de manutenção. O medo toma
conta de quem precisa passar até mesmo pela calçada.
A velha história
O descaso ajuda a apagar, aos poucos,
o contexto histórico associado ao espaço. No início dos anos 1900, Belém teve
instalada no local a Usina de Cremação de Lixo da cidade, que surgia como
solução para a destinação final dos resíduos que, àquela altura, já incomodavam
bastante. Ironicamente, de lá para cá a situação do lixo se agravou tanto que não
apenas tornou inútil a usina como transformou o próprio espaço onde ela deveria
funcionar num imenso canteiro de entulhos.
Para boi dormir
No início deste ano, o prefeito
Edmilson Rodrigues cancelou a participação que faria no evento de anúncio de reforma
da Praça Dalcídio Jurandir depois de saber que seria recepcionado por moradores
revoltados com a má gestão municipal, com uma chuva de ovos. Apenas os
assessores apareceram no local com um data show para exibir
imagens de como a praça ficaria após a reforma. Mas, como muita coisa neste
governo, tudo não passou de conversa para boi dormir - boi não, cavalos e
jumentos.
Papo Reto
Perceberam que os antigos casarões da Belém 400 anos estão desabando, ou
seria impressão da coluna? Bem, o Iphan garante que todos eles estão incluídos
no PAC.
A possível saída do delegado federal Ualame Machado (foto) do comando da
Secretaria de Segurança do Estado foi cantada pela coluna. Ele e mais dois ou
três secretários serão escalados para outras missões.
Em uma página na internet, o Sargento Silvano critica a Prefeitura de
Ananindeua por ter dado a uma praça da cidade o nome de “Praça do Gordo”. O
sargento não viu o tamanho da festa em homenagem ao ex-vereador no bairro do
Aurá.
A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, mudou o visual para as festas
de fim de ano. Em suas redes sociais, ela aparece completamente loura.
O aplicativo de gestão da iluminação pública da Prefeitura de Belém
virou piada, ao menos para quem precisa dele - e é muita gente.
Quase um ano depois de cadastrar um pedido de troca de lâmpadas, sem
nenhum retorno, leitor da coluna diz que constatou no tal sistema a informação
de que seu pedido foi "atendido".
O aviso se reporta a “meses atrás”. Na mesma página, porém, um dado
intrigante: a equipe diz que "não conseguiu acesso ao endereço".
Aliás, iluminação pública é um problema sério, só perdendo para a
desesperança da população de Belém, principalmente na periferia, que, cansada
de pedir em vão, nada mais diz.
O preço do açaí começou disparar antes do normal, fruto da menor
produção por conta do clima. Vem mais fome por aí.
Da jornalista Dedé Mesquita em postagem sobre o fraternal encontro entre
o novo ministro do STF, Flávio Dino, e o senador Sérgio Moro: “O mundo não dá
voltas; capota”, repetindo o próprio Moro.
Dizem em Brasília que os chefes militares do governo Lula estão
preocupados com o eventual retorno de Donald Trump à presidência dos EUA e a
eleição de Javier Milei, na Argentina. Devem temer um possível “efeito sanfona”
no Brasil; só se for.