Coluna

Sobre pesquisas, boatos e especulações: Jatene é “fantasma” que anima arraial político no Pará

Ex-governador segue “caladinho da silva” sobre possível candidatura, mas tem nome apontado como suposto “fiel da balança” em 2026 em meio a debates pré-eleitorais.

27/06/2025, 10:48 /

Sobre pesquisas, boatos e especulações: Jatene é “fantasma” que anima arraial político no Pará

 

esquisas eleitorais sempre se tornam motivo de debates - acalorados ou não -, e de especulações - infundadas ou não -, mas, não raro, costumam alimentar divergências e preferências, independentemente de serem - as pesquisas -, “a arte de torturar os números até que eles digam o que se quer ouvir”, segundo a noção dos especialistas. Fique claro desde já: esta é uma “obra baseada em especulações” disponíveis no “mercado político-eleitoral”.

 

Três ex-secretários dos governos Jatene aparecem como supostos interlocutores de uma improvável tentativa de aproximação do governador Helder Barbalho/Fotos: Divulgação.


O resultado das últimas pesquisas de intenção de votos, segundo os observadores, acendeu a luz amarela no núcleo político do MDB no Pará, obrigando o partido a articular ações emergenciais, articulações e diálogos estratégicos. Pode ser pura especulação, mas, eis os fatos – perdão, os boatos.

Segundo as pesquisas, a vice-governadora Hana Ghassan, candidata à sucessão do governador Helder Barbalho nas eleições de 2026, não figura em primeiro lugar em nenhum dos cenários apresentados. Os nomes do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, do PSB, e do deputado federal Eder Mauro, do PL, porém, aparecem bem posicionados: os dois estão nas primeiras posições, para o suposto desconforto do MDB, presidido no Pará pelo ministro das Cidades, Jader Filho.

Fator extra campo

O que se diz é que, apesar dos números, o partido está preocupado com um nome que não figura nas pesquisas - o do ex-governador Simão Jatene, sem partido. Jatene, até o momento, não teve sua possível candidatura confirmada, mas continua sendo um nome competitivo para o governo do Estado ou para o Senado, comenta-se.

Alguns analistas políticos e o próprio MDB têm Simão Jatene como um “fiel da balança” nas eleições de 2026, aquele que, em condições normais de temperatura e pressão, pode tensionar uma parcela significativa do eleitorado para onde direcionar seu apoio.

O ponto futuro

A preocupação maior do MDB é de que Jatene venha a disputar o governo do Estado, ante a possibilidade - não anunciada, diga-se - de enfrentar uma disputa eleitoral contra o ex-governador, detentor de três mandatos como chefe do Executivo estadual, e em meio a um cenário que não parece necessariamente o desejado pelo governador Helder Barbalho e sua candidata. Não à-toa, continua insistente a possibilidade de Helder, em caso extremo, acionar um suposto Plano B. 

Amarrar as pontas

As especulações apontam que o MDB tem ciência de que Daniel Santos e Eder Mauro planejam envolver Jatene em uma suposta aliança política para derrotar o governador em 2025, quando também se comenta que o PL quer tornar Daniel bolsonarista para lhe emprestar apoio, enquanto Daniel se vira nos trinta para manter um projeto sem deixar seu metro quadrado, sob pena de ver a candidatura “fazer água”.

Três mosqueteiros

Nesse cenário, segundo se especula, Helder teria conversado com Hana. A ideia seria buscar interlocutores junto ao ex-governador Simão Jatene para uma suposta composição política. As cartas desse jogo improvável revelaram três nomes possíveis para abrir caminho até Jatene: os ex-secretários da Fazenda Teresa Cativo, Rute Tostes e Nilo Noronha.

Para quem não sabe - ou não se lembra -, a atual vice-governadora, secretária de Planejamento e Administração do governo e candidata à sucessão de Helder trabalhou diretamente com os três nomes, com quem tem relações pessoais de décadas na Secretaria da Fazenda. Com Teresa Cativo, aliás, Hana atuou como auxiliar da gestão de Planejamento no primeiro governo de Zenaldo Coutinho.

Deixa quieto

A missão dos três interlocutores seria sondar a possibilidade de aproximação e de uma eventual aliança de Jatene com o MDB de Helder, o que remeteria à máxima utilizada pelo falecido deputado Gerson Peres, segundo a qual, em política, “até boi avoa”.

E por se tratar de especulação, a coluna nem tentou ouvir os envolvidos. Vá que seja um fato...

Papo Reto

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A última atualização do site é do dia 18 de junho, o que remete à pergunta: será que nada aconteceu na gestão Igor Normando (foto) em quase uma semana? Ou tudo está parado mesmo - e julho ainda nem começou?

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Quem comanda essas ações é o auditor fiscal e coordenador fazendário da Regional Hilário Augusto Ferreira Neto.

•Como era esperado, o Senado impôs nova derrota ao governo Lula ao derrubar o polêmico aumento do IOF e abortar a bagatela de R$10 bilhões extras para as gastanças de praxe. 

A derrubada dos decretos que elevaram as alíquotas do IOF representa uma derrota significativa para o governo, mas não implica alívio para os contribuintes. 

•O mercado alerta que as demais medidas tributárias continuam em vigor por meio da Medida Provisória nº 1.303/2025, que traz uma série de aumentos fiscais e mudanças relevantes, especialmente sobre o IR.

Agora, a “cavalaria do governo” resolveu apelar. “Para compensar a perda de receita, o bloqueio e contingenciamento - mais de R$ 31 bilhões -, tudo o mais constante terá que ser elevado para R$ 41 bilhões”.

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