Código de Trânsito Brasileiro define
“racha” como “disputa de corrida” - entre veículos - não autorizada pela
autoridade competente em via pública, o que inclui, por extensão, a Rodovia
Belém-Brasília. Pois foi exatamente a BR-010, à altura do trevo localizado a
cerca de 12 quilômetros de Paragominas, na última sexta-feira, 20, palco de
mais uma estrepolia envolvendo Olival Marques, pastor evangélico que tem se
notabilizado menos como deputado - do MDB - e mais pelo comportamento fora da
curva.
Naquele dia, um Olival Marques cheio de
fé anuncia em uma rede social a “amigos, parceiros e irmãos” sua saída para
mais uma agenda nos municípios de São Miguel do Guamá e, à noite, em
Paragominas, “para cultuarmos a Deus”, convidando-os: “Vêm comigo para esta
festa de crentes”. Embarcou em uma picape e se pôs na estrada.
Cumprida a primeira etapa da agenda e a
caminho de Paragominas, o pastor e deputado se deparou com um veículo do
Imetro, que trafegava no mesmo sentido, com quem travou o “racha” que quase
estragou a programação. Na disputa insana houve um choque e o capotamento. O presidente
do Imetro, Daniel Nascimento, 34 anos, e seus acompanhantes, Elias Penafort,
49, e Gustavo Mescouto (foto) saíram feridos.
Estilo “velozes e furiosos”
As circunstâncias do acidente ainda
não foram esclarecidas, mas informações enviadas à coluna apontam uma disputa
no estilo “velozes e furiosos” entre o veículo estadual e a picape do deputado
federal por volta das 17 horas. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital
Regional da cidade pelo serviço de resgate do Samu 193.
Seria acobertamento?
Segundo o Corpo de Bombeiros de
Paragominas, quando integrantes da corporação chegaram ao local do acidente as
vítimas já haviam sido encaminhadas ao hospital. Não se sabe como, mas a picape
do parlamentar, que também capotou, já estava sob as quatro rodas. Por sua vez,
a Polícia Rodoviária Federal informou que não registrou o acidente.
Um em estado grave
Os ocupantes da caminhonete do órgão
estadual sofreram traumas na cabeça e abdômen e várias escoriações pelo corpo,
segundo apurou a coluna. Dois deles já teriam recebido alta, sendo liberados.
Contudo, um dos homens foi transferido para Belém em estado grave, conta uma
das fontes consultadas.
Até o encerramento desta edição, nem
a assessoria do Imetro, nem a do parlamentar se manifestaram sobre as
circunstâncias do acidente. O suposto “carona” Gustavo Mescouto é músico em
Bragança.
Papo Reto
Abraão Benassuly Neto (foto) assumiu interinamente a
Secretaria das Cidades. Em substituição ao ex-prefeito Wagne Machado.
Os conselhos seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil não podem mais
instituir e cobrar anuidade das sociedades de advogados.
A tese foi aprovada por unanimidade de votos pela 1ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça em julgamento ocorrido ontem.
Quilombolas e indígenas de 26 comunidades do Pará são diretamente impactados
por obras da multinacional norueguesa Norsky Hydro, que acirram conflitos
fundiários na região há mais de duas décadas.
O tempo começa a fechar para o grupo Hidro, na medida em que prospera
uma ação ajuizada na Vara Agrária de Castanhal apontando irregularidades no
licenciamento ambiental concedido pelo Estado ao mineroduto mantido pela
empresa Mineração Paragominas, pertencente ao grupo, incluindo violações a
direitos de povos tradicionais.
O Conselho Nacional de Política Fazendária publicou ontem a decisão que
aumenta a cobrança do tributo estadual ICMS sobre combustíveis a partir de
fevereiro de 2024.
Os convênios aprovados pelos Estados definem que o ICMS de gasolina e
etanol anidro passará de 1,2200 real para 1,3721 real por litro.
A cobrança subirá de 0,9456 centavos para 1,0635 por litro para diesel e
biodiesel.
O Instituto Farmanguinhos-Fiocruz já fornece ao SUS uma combinação dos
retrovirais dolutegravir 50mg e do lamivudina 300mg em um único medicamento,
facilitando bastante o tratamento do HIV-Aids.
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária da Câmara aprovou ontem o
Projeto de Lei 4.507/2023, que prorroga o prazo de pagamento de dívidas
contraídas por produtores rurais que tiveram prejuízo por queda nos preços dos
produtos.
Pelo texto, poderão ser prorrogadas por até três anos (36 meses) as
parcelas vencidas e a vencer no período de 1º de agosto de 2022 até 31 de
dezembro de 2023.