ntem, quarta-feira, 27, moradores do
Sideral, em Belém, amanheceram e foram dormir sob o clima de insegurança, ao
saberem que os estabelecimentos comerciais estavam com as portas fechadas e a
movimentação na Praça das Mangueiras, suspensa. Durante o dia, o bairro presenciou
intensa movimentação policial. Era um indicativo anormal.
A informação que surpreendeu comerciantes, feirantes e pessoas comuns, gerando
prejuízo causando medo e dificultando a rotina da comunidade teria uma origem:
“toque de recolher”. O anúncio foi feito em comunicado divulgado por
supostos integrantes do grupo conhecido como “Tropa do Sideral”, que proibiu a
abertura das casas comerciais devido à morte de um membro de nome Ronaldo, o
“Tio Rona”. O homem foi morto na noite anterior, em um bar localizado na
avenida Brasil, via de grande fluxo.
Quem fecha, quem abre
A mensagem que rodou nos grupos de
aplicativos tinha a assinatura de “Guerreiros do Comando Vermelho” e apontava à
proibição da abertura dos estabelecimentos comerciais. A nota divulgada que
pautou o dia dos moradores do Sideral, listava o ramo comercial - padarias,
açougues e mercadinhos -, advertindo que eventuais resistências sofreriam
retaliação. Ninguém pagou para ver.
Em novembro de 2023, dados do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública apontavam que os nove Estados da Amazônia Legal
conviviam com 22 facções criminosas. Na Grande Belém, a ordem de “fechar geral”
mais recente atingiu o bairro Águas Lindas, em Ananindeua. A Polícia Militar
ocupou a área, mas um processo silencioso e real pode ser visto.
Garantias de segurança
O bairro Sideral revela a atuação mais estruturada de organizações criminosas da região metropolitana, onde o grupo “chama para si a responsabilidades pela segurança da comunidade”, concede “ajuda financeira, proteção” aplicação “correções” até em casos de supostas traições entre marido e mulher.
Papo Reto
Veja como são as coisas. Em Capanema, um estudante de medicina
identificado como Nicolas André Morais teria sido flagrado “operando um
paciente” no Hospital Maternidade Dr. João Pedrosa.
Aparentemente, ninguém parece ter dado importância à informação, que
circulou nas redes sociais, mas o estudante, coincidência ou não, pode ser, na
verdade, Nicolas Tsontakis (foto), que cumpre prisão domiciliar na
cidade.
O que se sabe de Nícolas, preso pela PF, trata-se de um “operador” do
esquema que desviou mais de meio bilhão de recursos federais destinados ao
combate à pandemia de Covid 19 no Pará. Teria mudado o “modus operandi”?
Não é mentira, não: a Receita Federal lança dia 1⁰ de abril a nova fase
do Litígio Zero, voltada a renegociações de dívidas de até R$ 50 milhões a
pessoas físicas e jurídicas, que poderão parcelá-las em até 55 meses.
Para impedir a derrota iminente em votação da Câmara, o Palácio do
Planalto orientou a suspensão da discussão, ontem, do projeto que derruba o
decreto de Lula sobre a exigência de vistos para entrada de turistas dos EUA,
do Canadá e da Austrália no Brasil.
A vida da ministra da Saúde Nísia Trindade Lima segue conturbada: como se a
explosão da dengue no Brasil fosse pouco, eis que os casos de febre Oropouche
também disparam no País, sobretudo na região Norte.
Este ano já foram registrados 3.161 casos da doença, contra 832 ao longo
de todo o ano passado, sendo que o Amazonas concentra a maior parte dos casos
(2.462).
O mais preocupante é que o ministério da Saúde se movimenta com um cenário de “crescimento lento de casos em 2024".
A inteligência artificial já consegue diagnosticar doenças pelo som da
respiração do paciente. A tecnologia do Google e pode ser promissora na
detecção de Covid-19 e tuberculose.