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Um oceano, dois rios: Marajó, um dos mais belos e ainda desconhecidos roteiros turísticos do planeta

Um dos lugares mais emblemáticos da Ilha do Marajó, a Pousada Boto tem perfil sustentável e manteve em pé parte da floresta onde foi construída/Fotos: João Ramid.

24/12/2023, 08:11 / Por Mariluz Coelho | Jornalista - Especialista em comunicação científica da Amazônia.

Um oceano, dois rios: Marajó, um dos mais belos e ainda desconhecidos roteiros turísticos do planeta


magine um lugar que é ponto de encontro entre um oceano - o Atlântico - e dois rios - o Amazonas e o Tocantins. Um roteiro de praias de águas salobras e campos de criação de búfalos, onde está o maior rebanho bubalino do Brasil.


A natureza ainda dita as regras, o cheiro de mar e a vegetação invadem a alma e o jeito de viver impressiona os visitantes. Fotos: Divulgação.

 

Imaginou? Então, embarque nesta viagem para o Marajó, a maior ilha fluviomarítima do planeta, com quase 50 mil km². O território marajoara assemelha-se em tamanho à Suíça, que tem quase a mesma extensão. Um lugar cheio de adjetivos e de uma riqueza turística única, porém, muito pouco explorado. Não saberia dizer se esse isolamento é bom ou ruim no momento. É certo que o Marajó ainda está pouco mexido pelas mãos do homem, se compararmos com outros cenários amazônicos.

 

Na ilha, a natureza ainda dita as regras. O cheiro de mar, a vegetação que se alterna entre campos marajoaras alagados no inverno e a densidade verde da floresta amazônica. Por outro lado, a ilha tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano IDH, com base nos Censos do IBGE nos anos de 1991, 2000 e 2010. Mas, ao mesmo tempo que faltam serviços básicos de saúde, saneamento e educação, salta aos olhos o modo de vida do povo do Marajó. O jeito de viver na ilha impressiona pela diversidade e ineditismo.

 

Paraíso no fim do mundo

 

Apesar do grande potencial turístico, o Marajó ainda recebe poucos turistas nacionais e internacionais. Por isso, estamos diante de um roteiro ainda caracterizado como de aventura. Nos caminhos marajoaras sempre tem pela frente o inusitado. Entre rios, campos, floresta nativa, praias que misturam águas dos rios e do mar encontramos a cultura marajoara. Os traços que enfeitam a cerâmica, a culinária regada à carne de búfalo e queijo marajoara, a arte, a dança, o canto e o jeito marajoara de viver.

 

O arquipélago está dividido em 16 municípios. Em Salvaterra, considerada a porta de entrada do para a Ilha do Marajó, está o Porto de Camará, onde chegam os catamarãs que transportam veículos e pessoas até a ilha. A balsa sai do Porto de Icoaraci, a cerca de 20 km de Belém. A viagem dura cerca de 4 horas, dependendo das condições meteorológicas. Também é possível ir de lancha rápida a partir do Terminal Hidroviário de Belém.

 

O lugar dos encantos

 

Ao chegar em Salvaterra encontramos restaurantes e pousadas que oferecem infraestrutura de qualidade aos turistas. Entre os lugares encantados do Marajó está a Pousada Boto, oásis amazônico e marajoara cercado de verde. Um mergulho delicioso na cultura e na culinária típica da ilha. A Pousada Boto também é um espaço de relaxamento. Os cantinhos, cuidadosamente preparados para receber os turistas, proporcionam momentos únicos.

 

A pousada tem um perfil sustentável e manteve de pé parte da floresta onde foi construída. Além da hospedagem, a Boto também é palco para apresentações de músicos, como Mestre Damasceno, e artistas plásticos, como Rybas, Marinaldo Santos e Belmiro Gama.

 

A Pousada Boto é uma das primeiras pousadas de Salvaterra. O lugar transpira cultura marajoara e mantém uma tradição de laços fortes com a cultura e natureza do Marajó. A infraestrutura turística reúne chalés cheios de charme que foram construídos com materiais sustentáveis.

 

A casa João de Barro, feita em madeira e barro, igual às casas de caboclo típicas da região amazônica, tem acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Chama atenção a diversidade dos quartos. O lugar possui cabanas rústicas e os quartos das velhas fazendas do Marajó.

 

Papo Reto

 

O Diário Oficial da União publicou a nomeação da juíza Selma Lucia Lopes Leão (foto) para exercer o cargo de desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª.  região.

 

Selma Leão é advogada associada da Associação da Advocacia Trabalhista do Pará e concorreu à vaga pelo Quinto Constitucional da OAB com Bruno Castro e Márcio Tuma.

 

Cedendo à pressão da bancada ruralista, o Conselho Nacional de Política Energética antecipou para março de 2024 a mistura de 14% de biodiesel ao diesel (B14), com a previsão de chegar a 15% (B15) já em 2025. 

 

A argumentação é poderosa: evitar a emissão de cinco milhões de toneladas de CO2 na atmosfera e reduzir a importação do combustível fóssil.

 

Especialistas enfatizam que o biodiesel é um excelente combustível por ser renovável, mas, na Europa, por exemplo, jamais ultrapassa o percentual de 7% no diesel.

 

Primeiro, porque chegaria mais caro nas bombas: segundo, porque já foram comprovados os seríssimos problemas que a mistura traz aos motores.

 

A Confederação Nacional do Transporte posiciona-se contrária à mudança, prevendo que a mesma impactará terrivelmente no custo de manutenção da frota e, claro, no preço dos fretes.

 

Luz amarela: o Brasil já é o país com mais casos de dengue no mundo, diz a Organização Mundial da Saúde.

 

Lei estadual de Alagoas passa a obrigar a mãe ver imagem do seu feto antes de executar o aborto legal.

 

A lei também obriga as equipes de saúde a apresentarem às gestantes os possíveis efeitos colaterais físicos e psíquicos decorrentes do procedimento, como "pesadelos", "depressão" e "remorso".

 

Cientistas da Universidade William Paterson, em Nova Jersey (EUA), estudaram a concentração de 17 nutrientes essenciais à vida - vitaminas e sais minerais - presentes em 47 frutas e verduras.

 

A conclusão aponta que o velho e bom agrião foi o único a obter nota máxima 100, campeoníssimo em todos os itens pesquisados.

 

 

Um oceano, dois rios: Marajó, um dos mais belos; ainda desconhecidos roteiros turísticos do planeta