New York, EUA - A FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, aprovou o primeiro teste caseiro para rastreamento do câncer de colo de útero. O novo teste, fabricado pela Teal Health, oferece uma alternativa ao exame de Papanicolau, pelo qual os médico inserem um um espéculo na vagina da paciente e raspam as células do colo do útero.
Esse processo é considerado doloroso ou traumático por muitas mulheres. Já o teste caseiro consiste na coleta do material pela própria paciente, por meio da inserção de um swab na vagina com uma ferramenta semelhante a uma esponja.
As pacientes interessadas poderão solicitar o teste online, conversar com um médico por telemedicina, coletar a amostra e enviá-la pelo correio para que a Teal Health analise. Se o resultado for positivo, a paciente será encaminhada a um médico para a realização de um exame pessoalmente, de Papanicolau ou colposcopia, para verificar se há câncer ou alterações celulares pré-cancerosas. Se o teste for negativo, não serão necessários exames adicionais até a data do próximo rastreio.
A aprovação do novo este foi apoiada pelo estudo SELF-CERV, o maior estudo comparativo do gênero realizado nos EUA. O trabalho confirmou que amostras autocoletadas com o Teal Wand apresentam o mesmo desempenho que amostras coletadas por médicos, comprovando a detecção de pré-câncer cervical em 96% dos casos, e que o Teal Wand é uma experiência muito preferida.
Notavelmente, 86% das participantes disseram que teriam maior probabilidade de se manter atualizadas com o rastreamento do câncer cervical se pudessem fazê-lo em casa, e 94% disseram que prefeririam fazer a autocoleta em casa com o Teal Wand se soubessem que ele era preciso.
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, excluindo os casos de tumores de pele não melanoma, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Esse também é um dos únicos tipos de câncer quase totalmente preveníveis com vacinação e exames regulares.
A principal causa dessa patologia é a infecção por alguns subtipos do vírus HPV, que além do câncer de colo uterino também causa tumores de vagina, vulva, canal anal e garganta, e em homens câncer de pênis. Calcula-se que cerca de 70% da população sexualmente ativa terá contato com algum tipo de HPV e que 80% delas não desenvolvem doenças pois o sistema imunológico elimina o vírus.
Mas em 20% a infecção torna-se persistente e com o passar do tempo pode causar alterações nas células que culminam no aparecimento do câncer. A principal forma de prevenção do câncer de colo de útero é por meio da vacinação contra o HPV, que, no Brasil, está disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos.
Mas o rastreio da doença por meio da realização do Papanicolau, exame preventivo que detecta lesões pré-cancerosas, é fundamental para identificar casos precoces. Em geral, essas lesões não tem sintomas. Se detectado precocemente, o câncer do colo do útero pode ser tratado e curado. Sem tratamento, este tipo de câncer é quase sempre fatal.
No entanto, muitas mulheres não fazem o rastreio adequado. Seja porque não conseguem se ausentar do trabalho, não conseguem encontrar uma consulta disponível ou evitam o desconforto do exame presencial.
Esse exame deve ser realizado em mulheres a partir dos 25 anos, com vida sexual ativa. A periodicidade varia de acordo com a idade do paciente e com as lesões encontradas. Outros exames que podem ser realizados para o diagnóstico das lesões pré-cancerosas e cancerosas é a colposcopia, que permite a visualização do colo do útero e da vagina com lentes de aumento, e a biópsia do tecido do colo do útero.
Foto: Divulgação/teal.health
(Com o The New York Times)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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