São Paulo, 16 - A Agência de Defesa Civil
da Faixa de Gaza anunciou nesta sexta-feira, 16, a morte de 50 pessoas em
ataques aéreos israelenses nas últimas horas no norte do território sitiado.
"O número de mortos em bombardeios israelenses contra casas de civis no
norte da Faixa de Gaza entre meia-noite e o início desta manhã subiu para
50", disse Mohammed al-Mughayir, chefe da agência de resgate, que é ligada
ao grupo terrorista Hamas. Al Mughayir disse que as operações de busca
continuam nos escombros
Os ataques generalizados ocorrem no momento em que Donald Trump encerra sua
visita aos estados do Golfo.
Havia uma expectativa de que a visita do presidente americano pudesse inaugurar
um acordo de cessar-fogo ou a renovação da ajuda humanitária a Gaza. O bloqueio
israelense ao território já está em seu terceiro mês.
Os ataques duraram horas até a manhã de sexta-feira, fazendo com que as pessoas
fugissem do campo de refugiados de Jabaliia e da cidade de Beit Lahiya, e
ocorreram dias depois de ataques semelhantes que mataram mais de 130 pessoas,
de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu prometeu no início da semana
prosseguir com a prometida escalada de força na guerra de Israel na Faixa de
Gaza para perseguir seu objetivo de destruir o Hamas, que governa Gaza.
Quebrando uma trégua de dois meses, Israel retomou sua ofensiva na Faixa de
Gaza em 18 de março, com o objetivo declarado de garantir a libertação de todos
os reféns mantidos pelo Hamas até 7 de outubro de 2023.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução
Os militantes fizeram 251 reféns naquele dia, dos quais 57 permanecem presos em
Gaza, incluindo 34 que, segundo o exército, estão mortos.
No ataque do Hamas, 1.218 pessoas foram mortas no lado israelense, a maioria
civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números
oficiais.
A campanha militar israelense, por sua vez, matou quase 53 mil pessoas em Gaza,
a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do território governado
pelo Hamas. As Nações Unidas consideram esse número confiável. (Com agências
internacionais)