Povos tradicionais

Ministério da Educação investirá R$ 195 milhões em escolas indígenas e quilombolas

Governo anuncia acordo com Unops para retomada de obras de 118 escolas para os povos tradicionais brasileiros.

07/05/2024 22:52
Ministério da Educação investirá R$ 195 milhões em escolas indígenas e quilombolas

Brasília, DF - O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta segunda, 6, a retomada das obras de 118 escolas indígenas e quilombolas que estavam paralisadas. O projeto será desenvolvido por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e em parceria com os Ministérios dos Povos Indígenas (MPI) e da Igualdade Racial (MIR).


Para isso, foi criado um acordo de cooperação com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), no valor de R$ 195 milhões, que terá duração de 48 meses e prevê a realização de atividades em 14 estados da federação. 


O ministro de Estado de Educação, Camilo Santana, disse que o MEC tem trabalhado para retomar todas as obras de educação básica e defendeu a importância da integração entre as pastas.


“Com o acordo, serão retomadas construções que estavam paradas há cinco, seis, até 10 anos. Esta é uma ação inédita, que faz parte de um conjunto de atividades, pelo qual estamos, cada vez mais, buscando integrar os ministérios para garantir uma educação com mais qualidade e inclusão, que dá oportunidades às comunidades tradicionais”, declarou. 


A implementação do acordo deve começar ainda em maio e será acompanhado por um Comitê de Acompanhamento com integrantes dos três ministérios e do FNDE.


Para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o resgate dessas escolas representa também a retomada dos sonhos. “Não estamos falando só da volta dos espaços físicos de aprendizagem, mas também da conquista dessas populações, que vão poder sonhar com um futuro melhor de novo”, completou.


O diretor e representante do Unops no Brasil, Fernando Barbieri, disse que o objetivo da parceria, mais do que concluir as obras, é fortalecer o sistema de gestão de infraestrutura do Brasil. “A ideia é aprimorar o contexto e o ambiente de gerenciamento de projetos do governo brasileiro, justamente para evitar que obras sejam paralisadas”.


Foto: Arquivo Câmara dos Deputados

(Com informações do MEC)

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