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PSG ainda é tão bom quanto o time campeão da Champions?

Time francês tem números parecidos com os da última temporada, mas problemas físicos impedem equipe de evoluir

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  • 16/12/2025, 15:45
PSG ainda é tão bom quanto o time campeão da Champions?

Rio de Janeiro, RJ - O Paris Saint-Germain chega ao Catar para decidir a Copa Intercontinental, contra o Flamengo, na condição de favorito. Mas, seis meses após aplicar a maior goleada da história das finais da Champions League (5 a 0 na Inter de Milão) e faturar o título inédito, os franceses ainda são os mesmos? O fato do rival não liderar um Campeonato Francês tradicionalmente sem concorrentes e seus problemas recentes com desfalques podem fazer crer que não. Mas não é o que dizem os números.


A temporada do PSG até aqui tem índices que falam por si só. O aproveitamento é de 72,46% em 23 jogos. Foram 15 vitórias, cinco empates e três derrotas. A média de gols marcados é de 2,43. Já a de sofridos, de 1,04.


O aproveitamento atual é maior que o do mesmo recorte da temporada anterior: 69,57%. A média ofensiva daquele período também era um pouco abaixo em relação a de agora (2,22 gols marcados por jogo). Já a defensiva era melhor: 0,87.


Mas vale lembrar que o PSG 2024/25 cresceu a partir do segundo semestre, terminando com números impressionantes (77,95% de aproveitamento, 2,58 gols marcados por jogo e 0,91 sofridos), além dos títulos conquistados. Ou seja: levando em consideração que o trabalho é pensado para chegar ao seu ápice nos últimos meses da temporada, a versão 2025/26 está no mesmo caminho.


Se mostra como o PSG conseguiu manter seu alto nível de competitividade de uma temporada para a outra, a constatação também traz um fio de esperança para o Flamengo. O time de Filipe Luís não irá encontrar os franceses ainda em seu auge técnico.


Ao contrário do que ocorreu na Copa do Mundo de clubes, no meio do ano, agora a vantagem física está do lado dos europeus. Mas, mesmo neste sentido, os rubro-negros têm a que se apegar. O PSG vem sofrendo com uma série de lesões que o impedem de estar ainda mais ajeitado a esta altura da temporada.


As principais estão no ataque. A temporada tem sido de problemas físicos para Dembélé, eleito melhor jogador da última edição da Bola de Ouro. Para completar, na semana passada ele ainda foi acometido por uma virose que o deixou fora das duas últimas partidas. Foi relacionado para o jogo contra o Flamengo. Mas não estará em suas melhores condições.


O mesmo ocorre com Désiré Doué. Após ficar mais de um mês afastado por lesão na coxa direita (sua segunda contusão em três meses), ele tem retornado aos poucos à equipe. “Há uma diferença entre se recuperar de uma lesão e estar 100%. Ele ainda não recuperou totalmente a forma física”, admitiu o técnico Luis Enrique após a vitória sobre o Metz, pelo Francês, no último sábado.


Também uma peça importante do ataque, Hakimi se recupera de uma entorse no tornozelo esquerdo e é desfalque certo. Sem ele e com Doué longe de sua melhor forma, o lado direito do ataque não tem sua conhecida força.


Por fim, atrás, há Marquinhos. O brasileiro voltou a ser relacionado após problema no quadril e é outro que ainda não está na melhor forma. Luis Enrique já deu a entender que ele não será titular.


Em compensação, o trio de meio-campistas segue no auge. Principalmente Vitinha. O português faz sua temporada com mais assistências (oito) e caminha para também bater o recorde pessoal de gols.


Mas a maior diferença em relação ao time campeão está, na verdade, debaixo das traves. Com a entrada de Chevalier no lugar de Donnarumma, Luís Enrique ganhou um goleiro que faz melhor a saída de bola e sabe reagir à pressão alta do adversário (como a que o Flamengo de Filipe Luis gosta de fazer). Por outro lado, não tem mais o alto nível de defesas do italiano.


Foto: AFP

(Com O Globo)

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.