Sem diálogo, planejamento ou estratégia, gestão da UFPA patina e paralisa projetos no interior

Em final de mandato, reitor emperra ações e compromete instalação de polo articulador e programas de pós-graduação.

07/08/2024 11:15
Sem diálogo, planejamento ou estratégia, gestão da UFPA patina e paralisa projetos no interior
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ão procede exatamente como circula a informação segundo a qual o Ministério da Educação teria recomendado à UFPA a não instalação, em Bragança, de polo articulador de novos programas de pós-graduação online “por absoluta desorganização e incapacidade técnica” local para suportar a empreitada. 


Expectativa de reversão do quadro estaria na gestão Gilmar Pereira, em substituição ao professor Emmanuel Tourinho, no final deste ano/Fotos: Divulgação.

Ao contrário da informação, o problema não é no campus de Bragança, que tem interesse nas parcerias e infraestrutura para receber os cursos de pós-graduação. A informação, como se vê a seguir é, como se diz, “boa” e “ruim” - boa porque tira Bragança do status de “desorganização e incapacidade técnica”; e “ruim” porque coloca no lugar - ou quase - a Reitoria da UFPA, que ainda está sob controle do professor Emmanuel Tourinho.

 

Gestão de visão curta

 

No português claro, o problema é na gestão da UFPA, "que não planeja, nem atua mais de forma estratégica", segundo fontes ouvidas pela Coluna Olavo Dutra.

 

Sabe-se, por exemplo, que a UFPA perdeu parcerias e programas de pós que já estavam alinhados com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado porque a Reitoria "desaprendeu" a fazer convênios e refuta os atos e a política do governador Helder Barbalho, embora precise tratar os parceiros de forma "institucional e impessoal". A esperança estaria na próxima gestão, do professor Gilmar Pereira, se for nomeado pelo presidente Lula.

 

Dialogar é preciso

 

Quanto ao campus de Bragança, a expectativa é pela reabertura do diálogo da Universidade com o Ministério da Educação e com os governos estadual e municipal, deputados e senadores, de onde vêm as emendas parlamentares.

 

Como se sabe, diversos entes públicos e privados procuram a Universidade em busca de parcerias, mas não raramente as propostas acabam engavetadas. Além do mais, parte dos recursos que chegam para os campi da UFPA a municípios do Estado vem justamente dessas parcerias ou são oriundos de emendas parlamentares.

 

Com as torneiras fechadas como estão, não há como regar o conhecimento, nem aqui, nem na Cochinchina.  

 

Papo Reto

 

·  Com o advento da COP30, prevista para novembro do ano que vem, em Belém, uma famosa churrascaria de renome nacional procura se instalar no início da Augusto Montenegro - e os pecados da carne agitam o mercado local.

 

· O lançamento da candidatura do empresário JP a vereador, em Bragança, está tirando o sono de muita gente.

 

·  O governador Helder Barbalho (foto) gravou um vídeo, durante a convenção do MDB, em Belém, falando da candidatura Mário Júnior à sucessão do prefeito Raimundo Oliveira.

 

· Das duas, uma: ou pegaram o governador no contrapé, forçando a gravação, ou o governador não tem essa boa vontade toda com o candidato. Pareceu...

 

· A Associação do MP do Pará, Ampep, manda nota de esclarecimento com endereço errado, mas a coluna não costuma desperdiçar informação.

 

·  Refere-se, diz a nota, a informações veiculadas “em recente matéria de blog” - aqui é coluna - sobre a decisão da Corregedoria Nacional que manda juízes e promotores voltarem ao trabalho.

 

· Não seria o caso de a Associação se queixar ao bispo, explicitando inclusive as razões da nota? A coluna nada tem a ver com isso.

 

·  Em Colares, as aulas foram retomadas nesta semana, mas sem a disponibilidade de transporte escolar para os alunos, o que foi denunciado por pais nas redes sociais.

 

·  Por que a grande imprensa finge não ver que o Brasil já beira 5 mil mortes por dengue, somente neste ano?

 

·  Com quatro votos, já, para negar recurso da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil em ação sobre aborto, o STF não tem data para julgar o mérito da ação sobre a descriminalização.

 

· Sobre o marco temporal indígena, por sua vez, o STF levou o caso para conciliação, com o ministro Gilmar Mendes negando pedido de entidades para suspender a deliberação do Congresso, que validou o processo.


· O preço do etanol subiu em 17 Estados, inclusive o Pará, e caiu em cinco e no DF, diz a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. 

Mais matérias OLAVO DUTRA