A condenação é da Seção 30 do Tribunal Provincial de Madri, e foi divulgada pela agência de notícias EFE. Segundo a agência, a prisão e a multa se referem a um suposto delito fiscal cometido em 2014. Ancelotti foi denunciado por suposta fraude também em 2015, mas foi absolvido.
Ao Lance! a CBF informou que acompanha o caso, e que o processo é conduzido pelo staff pessoal do Carlo Ancelotti. O treinador ainda não se manifestou.
Mesmo tendo sido condenado à prisão na Espanha, Carlo Ancelotti não deverá ser detido. Isso porque, pela legislação espanhola, crimes não-violentos e com penas inferiores a dois anos de detenção podem ser respondidos em liberdade.
Além disso, há o entendimento no staff do treinador de que a condenação não é definitiva, mas sim uma confirmação do tribunal de que há provas que sustentam o andamento do processo contra Ancelotti.
Julgamento que condenou Ancelotti à prisão aconteceu em abril
Apesar de a condenação de Carlo Ancelotti à prisão ter sido divulgada apenas nesta quarta-feira (9), a EFE informou que o julgamento do caso aconteceu ainda no início de abril.
Segundo a agência de notícias, em seu depoimento o técnico Carlo Ancelotti afirmou que "nunca pensou em defraudar a Fazenda Pública" da Espanha. O treinador da Seleção Brasileira declarou que apenas fez o que o seu clube — ele estava no Real Madrid à época — e seus assessores lhe orientaram.
À Justiça espanhola, os advogados de Ancelotti pediram a absolvição do treinador. E, caso fosse condenado, que fossem aplicadas "circunstâncias atenuantes de indenização por danos e prejuízos", uma vez que o treinador quitou a dívida com o erário antes de 2021.
Fonte: Lance!
Foto: Mauro Pimentel / AFP