coluna cantou essa pedra: a aparente estratégia da Reitoria da maior universidade pública da Amazônia de quanto menos debate, melhor, como forma de assegurar a eleição do atual vice-reitor, professor Gilmar Pereira, sucessor do reitor Emmanuel Tourinho, despertou os candidatos de oposição - alguns deles, pelo menos.
No Campus Guamá, a semana começa com
a especulação sobre encontros aqui e alhures para fechar um acordo pela qual a
oposição pretende propor ao Conselho Universitário o adiamento da eleição. Em
reportagens anteriores, a coluna mostrou que os debates de candidatos com a
comunidade acadêmica deverão ocorrer apenas 20 dias depois do reinício das
aulas e isso - para uma universidade que se proclama democrática e de diálogo
-, não pega bem. É, por assim dizer, um golpe retórico articulado pela
Reitoria. Mas não é só.
Tempo muito curto
Fonte da coluna na UFPA confirma a
intenção da oposição de propor o adiamento da eleição. “Sim, há um movimento
para tentar adiar as eleições, pois o tempo é muito curto para se as discussões
prioritárias sobre a Universidade - planos de expansão, financiamento de ações,
índices atuais de evasão, modelo de gestão...”, destaca.
“Uso e abuso da máquina”
“Esses debates institucionais são
fundamentais e demandam tempo. Eles são fundamentais em razão de que precedem
os programas a serem apresentados por cada candidato a reitor. A retomada
plena das atividades da UFPA ocorre em março e a atual Reitoria quer fazer a
eleição logo em abril, como estratégia para não haver debates e
para manter seu projeto de poder centralizador e sem escuta à comunidade
universitária”, acrescenta a fonte.
E mais: “O vice-reitor, candidato
oficial, aproveitando-se disso, não se desincompatibiliza da função e faz
campanha usando toda a máquina institucional”.