Adélia Prado despontou na literatura nos anos 1970, apadrinhada por Carlos Drummond de Andrade
São Paulo, 19 - A escritora Adélia Prado
foi agraciada com o Prêmio Camões 2024, a maior distinção da literatura em
língua portuguesa, em cerimônia realizada na noite desta terça-feira, 18, no
Palácio Itamaraty, em Brasília. Devido a problemas de saúde, a poetisa mineira
de 89 anos não pôde comparecer e foi representada por seu filho, Eugênio Prado.
O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do
presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
"A matéria prima dos poemas de Adélia Prado é a experiência do cotidiano,
que se vive nas cozinhas, nas varandas e nos quintais", disse Lula em seu
discurso.
O marido da escritora, José Prado, explicou que Adélia não possui condições de
enfrentar uma viagem longa, motivo pelo qual delegou ao filho a missão de
receber a honraria em seu nome. Apesar da ausência, a homenageada enviou uma
mensagem de agradecimento.
"A celebração da poesia é e será sempre sinal de que um povo preserva o
tesouro inestimável de sua língua. Como afirmei certa vez, toda compreensão é
poesia. Fiel ao chamado da poesia, qualquer povo encontrará a porta que se abre
para a realidade", afirmou Adélia.
Nascida em Divinópolis (MG), Adélia Prado despontou na literatura nos anos
1970, apadrinhada por Carlos Drummond de Andrade. Seu primeiro livro, Bagagem
(1976), deu início a uma trajetória literária marcada pela originalidade e pela
expressividade poética, consolidada em obras como O Coração Disparado e Manuscritos
de Felipa. Mesmo afastada de eventos públicos, a poetisa segue em atividade e
recentemente anunciou um novo livro, intitulado provisoriamente de Jardim das
Oliveiras.
Ao longo de sua carreira, Adélia Prado também recebeu outras distinções, como o
Prêmio Jabuti de Literatura (1978), o Prêmio Clarice Lispector (2016) e o
Prêmio Machado de Assis (2024). Primeira mulher a ser laureada com o Prêmio
Conjunto da Obra pelo Governo de Minas Gerais, em 2017, a escritora também já
foi indicada à Academia Brasileira de Letras.
O Prêmio Camões, criado em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal, é
considerado a mais alta honraria literária da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP). Além do reconhecimento, o título concede ao vencedor o valor
de 100 mil euros, um dos maiores prêmios monetários no campo da literatura
mundial.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Divulgação Biblioteca Nacional
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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