António Guterres também foi proibido de entrar no país
O governo brasileiro lamentou e condenou a decisão do governo de Israel, de declarar o secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, como persona non grata.
Segundo nota divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o ato "prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio, da libertação imediata e incondicional de todos os reféns e de um processo que permita a concretização da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança".
Ontem (2), o ministro israelense dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, anunciou que, além de persona non grata, Guterres não pode entrar em Israel. Segundo Katz, o secretário-geral da ONU será lembrado “como uma mancha na história da ONU”.
"O ataque do governo de Israel a uma organização que foi constituída para salvar a humanidade do flagelo e atrocidades da II Guerra Mundial e para proteger os direitos humanos fundamentais e a dignidade da pessoa humana não contribui para a paz e o bem-estar das populações israelense e palestina e afasta a região de uma solução pacífica", diz a nota do Itamaraty.
"O Brasil reafirma a importância das Nações Unidas, notadamente de sua Assembleia Geral e de seu Conselho de Segurança, nos esforços pelo cessar-fogo e por uma solução de dois Estados", conclui a publicação.
Histórico
Há cerca de um ano, depois do ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro de 2023, o secretário-geral da ONU afirmou: “condenei inequivocamente os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro perpetrados pelo Hamas em Israel.”
Na ocasião, Guterres defendeu que “nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o rapto deliberados de civis – ou o lançamento de foguetes contra alvos civis. Todos os reféns devem ser tratados humanamente e libertados imediatamente e sem condições.”
No mesmo discurso, o secretário afirmou que “é importante reconhecer também que os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo. O povo palestino foi submetido a 56 anos de ocupação sufocante”.
Ele lembrou que os palestinos “viram suas terras constantemente devoradas por colonatos e atormentadas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas. Mas as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas. E esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva desse povo”.
Em setembro, os membros da ONU apoiaram moção não vinculativa que apelava a Israel para acabar com a ocupação de quase seis décadas dos territórios palestinianos da Cisjordânia.
Agência Brasil
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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