Parquet organiza caminhada até a Basílica em homenagem à Virgem, aciona quatro polícias e deixa fiéis e servidores entre a devoção e a dúvida constitucional.
m Belém, às vésperas do Círio de Nazaré, a montanha está em trabalho de parto.

Anunciada com pompa nas redes sociais como “1ª Romaria do MPPA”, a caminhada estava prevista para as 17 horas, em circuito mais leve: em vez de sair de Santa Izabel - 47 quilômetros de distância -, parte de Marituba, num percurso de cerca de 23 km até Belém. Trocando em miúdos: os peregrinos do parquet conseguiram driblar o horário - a procissão ocorreria pela manhã -, mas não o trajeto, que passa em frente à Prefeitura de Ananindeua, alvo de reiteradas ações do MP desde a gestão anterior.
O procurador-geral Alexandre Tourinho, sucessor de Cezar Mattar - hoje desembargador do Tribunal de Justiça do Estado -, foi desaconselhado a participar da romaria. Auxiliares ponderaram a conveniência de tamanha demonstração de fé, e ele acatou. Risco físico, porém, não haveria: segundo o próprio MP, a segurança institucional foi reforçada com a mobilização da Polícia Civil, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar. Tudo para garantir a integridade dos promotores peregrinos.
Nas redes e nos corredores da instituição, a novidade produziu mais comentários que orações. Circulou a informação - desmentida pela chefia - de que o ponto teria sido facultado por causa da caminhada e de que os participantes receberiam diárias de R$ 2 mil para se deslocar até Marituba. O MP, por sua vez, assegurou que o evento ocorre após o expediente e sem ônus aos cofres públicos.
Ainda que idealizada como gesto simbólico de fé e união, a romaria escancarou um debate recorrente: até onde vai o limite entre o espírito cristão e o dever laico das instituições públicas? A Constituição, que separa Estado e religião, não veta a crença pessoal - mas tampouco autoriza procissões oficiais com o brasão do Ministério Público.
A Coluna Olavo Dutra solicitou posicionamento ao MP e à Associação do Ministério Público do Pará sobre o caráter institucional do evento e eventual autorização para uso da marca. Até o fechamento desta edição, não houve resposta.
Pelo sim, pelo não, se a intenção era mover montanhas, o efeito pode ser outro: pôr a laicidade do Estado à prova.

•Em Bragança acontece cada uma... Ontem, o bispo diocesano, Dom Possidônio da Mata (foto), resolveu se queixar ao prefeito, no caso, Mário Júnior, do MDB, durante a missa de encerramento da Festividade da padroeira da cidade.
•Dom Raimundo Possidônio criticou duramente a brutalidade e a escalada de violência no trânsito por motocicletas e lamentou a situação de sequelas e letalidade das vítimas.
•Ao final, exortou que ‘quem direito’ assuma a responsabilidade de dar um basta à situação, ponderando: " Quem é responsável por essas vidas? O diabo é que não é!".
•Presente ao culto religioso, Mário Júnior saiu de fininho, levando uma imagem da padroeira da cidade.
•Aliás, que costuma alardear que Dom Possidônio não costuma acompanhar as redes sociais ou mente ou está errado.
•O bispo determinou a requalificação do Museu de Arte Sacra da Diocese de Bragança, orientou a restauração do acervo e até a adequação do local às determinações da lei de acesso às pessoas com deficiência.
•Para ficar bem claro: com a instalação de dispositivo elevatório para garantir acessibilidade, o bispo responde a uma nota de 200 tiques da coluna.
•E para não dizerem em Bragança que não falamos de flores, o Sindicato dos Médicos do Pará manifesta “profunda indignação diante da situação vivida pelos médicos que atuam no Hospital Geral de Bragança”.
•O sindicato tem sido bombardeado com denúncias de atrasos sistemáticos de salários, incluindo meses inteiros sem pagamento e a ausência de repasse por plantões realizados.
•O Sindimepa garante que adotou medidas para apuração dos fatos e cobrará a devida responsabilização dos gestores do hospital.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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