Deputado paraense do PL é o parlamentar que mais gastou com locações na legislatura atual, segundo dados da Câmara analisados pela Folha de S. Paulo, em meio a suspeitas nacionais sobre uso da cota parlamentar.

deputado federal paraense Éder Mauro, do PL, alcançou um recorde pouco honroso na atual legislatura, iniciada em 2023. Ele é o parlamentar que mais gastou com verba destinada à locação ou fretamento de automóveis, embarcações ou aeronaves, segundo dados oficiais da Câmara dos Deputados analisados pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Em quase três anos de mandato, já foram lançados R$ 883,5 mil nesse tipo de despesa.

Do total gasto, R$ 540 mil referem-se à locação ou fretamento de embarcações, enquanto R$ 343,5 mil foram destinados ao aluguel de veículos. Apenas até novembro de 2025, os gastos com barcos já somavam R$ 180 mil.
O dado chama atenção porque a base política e eleitoral de Éder Mauro é Belém, capital do Pará - município urbano, com acesso terrestre e aéreo, e sem histórico conhecido de deslocamentos fluviais regulares do parlamentar, nem mesmo para áreas próximas, como a Ilha do Combu.
Natural de Belém, Éder Mauro iniciou sua trajetória política como vereador da capital, entre 2013 e 2015, e mantém sua atuação concentrada na cidade.
Questionado, o deputado informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que aluga o mesmo carro desde o início do mandato e que todas as locações possuem valores compatíveis com os praticados no mercado. Sobre as embarcações, a assessoria afirmou que o uso é essencial para o exercício do mandato no Pará.
“Para o cumprimento do trabalho político junto à população, seu uso é fundamental em nosso Estado, onde mais de 70% dos municípios possuem acesso predominantemente por rios”, disse o deputado.
De fato, o transporte fluvial é comum na região Norte, onde muitos municípios dependem dos rios como principal via de acesso. “Além disso, o tamanho dos Estados amplia os deslocamentos”, ponderou uma fonte ouvida pela coluna. Ainda assim, permanece a estranheza sobre a frequência e o destino dessas viagens no caso específico de Éder Mauro.
Segundo o levantamento da “Folha”, os quatro deputados federais que mais gastaram com locações de carros, barcos e aeronaves na atual legislatura são do Pará ou do Amazonas.
No plano nacional, os gastos com esse tipo de despesa cresceram de forma consistente. Entre 2019 e 2025, deputados federais consumiram ao menos R$ 279 milhões com aluguel de veículos, embarcações e aeronaves - aumento real de 18%, já descontada a inflação medida pelo IPCA. Os números de 2025 ainda não estão fechados e tendem a crescer.
Os gastos ganharam destaque nacional na semana passada após uma operação da Polícia Federal que teve como alvos os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro, por suspeitas de irregularidades no uso da verba para locação de veículos.
A PF encontrou cerca de R$ 430 mil em espécie em um endereço ligado a Sóstenes. A investigação aponta que uma empresa de locação contratada pelos parlamentares continuou recebendo recursos mesmo após ter sido dissolvida de forma irregular.
“A referida sociedade empresária continua a receber pagamentos feitos pelos parlamentares, os quais são reembolsados como despesas pagas com cota parlamentar”, afirmou a PF.
O inquérito menciona transferências entre uma suposta empresa de fachada e um assessor parlamentar, indicando possível caminho do dinheiro. A Procuradoria-Geral da República viu indícios de conluio para dar aparência de legalidade às operações.
Sóstenes alegou que o dinheiro em espécie encontrado seria resultado da venda de um imóvel. Carlos Jordy classificou a operação como “covarde” e afirmou, em vídeo nas redes sociais, que utiliza “a mesma empresa desde o início do mandato” - argumento semelhante ao adotado por Éder Mauro ao justificar suas locações.
As despesas são pagas pela Câmara dos Deputados por meio da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o chamado “Cotão”, que cobre gastos como manutenção de escritórios, passagens aéreas e aluguel de veículos.
O valor mensal varia conforme o estado do parlamentar: vai de R$ 36,6 mil, no Distrito Federal, a R$ 51,4 mil, em Roraima. Os deputados têm até 90 dias para lançar despesas no sistema, o que torna os dados de 2025 ainda parciais.
No papel, tudo é legal. Nos números, tudo é elevado. E no discurso, tudo é “essencial”. O problema é quando o Cotão vira território sem mapa, o barco navega sem rota conhecida e a fiscalização só aparece depois que o dinheiro já fez a travessia.

·“O banco não estava apenas quebrado, ele estava muito quebrado. Com mais de R$ 40 bilhões em ativos que não valem nada, não havia como reverter a situação”, disse ontem o ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, sobre o Banco Master à CNN.
·Aliás, ontem, entidades financeiras nacionais defenderam a pronta atuação do Banco Central, alertando que revisar decisões técnicas do BC é promover instabilidade.
·Em qualquer lugar sério do planeta, defender o interesse nebuloso de um contumaz "aplicador" como Daniel Vorcaro (foto) seria admitir o aperto da corda em seu próprio pescoço. Mesmo assim...
·O Exército Brasileiro já está com novo Projeto Pedagógico do Sistema Colégio Militar do Brasil - 2026 a 2030 -, deixando claro que essas instituições não são escolas comuns, mas organizações militares que funcionam como estabelecimentos de ensino.
·Pela primeira vez na história, cientistas conseguiram realizar o teletransporte quântico usando uma rede de internet real.
·O avanço representa um passo decisivo rumo a chamada “internet quântica”, provando que a tecnologia pode funcionar sobre a mesma infraestrutura de fibra óptica usada hoje para dados convencionais.
·Vale destacar que, diferente do que a ficção científica sempre sugeriu, a teletransporte quântico não envolve movimentar pessoas ou objetos físicos.
·Na verdade, o que é transferido é o estado quântico de uma partícula, no caso um fóton.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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