O objetivo é avançar no processo de construção do Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, o REDD+.
Belém, PA - Equipes da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Semas; e do Ministério Público do Estado, MPPA, avançaram no processo de construção do Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal do Estado, o REDD+, para a comercialização de créditos de carbono.
O encontro foi coordenado pelo titular da Semas, Raul Protázio Romão, e pelo procurador-geral de Justiça do Estado, César Mattar Jr. A reunião também contou com a participação de José Godofredo Pires, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MPPA e de promotores de justiça da capital e de outros municípios do Estado.
Sistema de REDD+
A construção do sistema, iniciada em 2021, visa estabelecer uma estrutura jurídica e operacional para a comercialização de créditos de carbono no Pará. Em setembro de 2024, durante a Semana do Clima de Nova Iorque, o Governo do Pará celebrou a transação futura de 12 milhões de toneladas de carbono, equivalente a R$ 1 bilhão, com a Coalizão Leaf, consolidando avanços na implementação da política pública que busca estimular a redução do desmatamento e garantir recursos para povos indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares.
“O nosso objetivo é nivelar o conhecimento sobre este mecanismo de redução do desmatamento e degradação, bem como apresentar as atualizações dos avanços da Construção do sistema, em função da aproximação do início das Consultas Livres, Prévias e Informadas (CLPI’s). Reforçamos a importância da colaboração institucional para garantir a efetividade e legitimidade desse processo", destacou Protázio.
O mecanismo REDD+ busca incentivar a continuidade da redução do desmatamento, gerando recursos financeiros a partir da efetiva redução dos índices de desmatamento do estado. No caso do Pará, foi escolhido o período de 2018 a 2022 para a análise de referência.
A partir de 2021, por meio de recursos oriundos do Governo da Nuruega, documentos técnicos relacionados ao monitoramento e reporte de carbono, arranjos financeiros, governança e salvaguardas, além do planejamento das consultas às populações impactadas vêm sendo produzidos. O objetivo é garantir um sistema transparente e eficaz para a comercialização dos créditos de carbono.
Como funciona a geração de créditos
A captação de recursos é baseada na média de emissões do Pará entre 2018 e 2022, que foi de 251 milhões de toneladas de CO2. Em 2023, o estado registrou emissões de aproximadamente 198 milhões de toneladas, gerando um "delta negativo" que representa o volume disponível para comercialização.
Com a continuidade da redução do desmatamento, o Estado poderá captar até 390 milhões de toneladas líquidas até 2027. Essa metodologia segue o modelo já adotado pelo Fundo do Amazônia desde 2008 e por Estados como Acre e Mato Grosso.
Diálogo com as comunidades
A implementação do sistema REDD+ exige um diálogo estruturado com comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares. O Pará iniciou esse processo por meio de 24 oficinas informativas em diversos municípios, alcançando mais de 1.700 pessoas. Essas oficinas não foram consultas formais, mas tiveram o objetivo de sensibilizar e informar a sociedade sobre o processo em andamento.
Antes da finalização do sistema jurisdicional, serão realizadas as CLPIs, garantindo a participação ativa das populações afetadas no desenho final da política pública.
Para ampliar a transparência sobre o sistema, a Semas disponibiliza no portal www.semas.pa.gov.br/redd o histórico sobre o processo de construção, documentos oficiais, notícias e outras informações de interesse público.
Foto: Ascom/MPPA
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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