Profissionais do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia debatem a cadeia extrativista da borracha amazônica, incluindo produtores do Coletivo da Borracha, empresas e o setor público.
Brasília, DF - Mais de 90 seringueiros do Amazonas, Acre, Pará e Rondônia estão em Brasília (DF) participando da terceira edição do Encontro Multissetorial da Borracha Nativa da Amazônia, que segue até nesta quinta-feira, dia 7 de novembro, com atividades das 9h às 18h. O evento acontece na Casa de Retiro Assunção, localizada na Quadra 611, Via L2 Norte - Asa Norte.
Juntos, eles farão amplos debates com os diversos atores envolvidos na cadeia extrativista da borracha amazônica, incluindo produtores do Coletivo da Borracha, representantes de empresas e do setor público.
O objetivo da iniciativa é desenvolver uma visão estratégica para a cadeia da borracha, fortalecer as associações e definir estratégias de governança para o coletivo. Além disso, uma das principais pautas do evento é a formalização do Coletivo da Borracha, estruturação de governança, mapeamento dos arranjos territoriais, fortalecimento de relações comerciais, entre outras, como o lançamento de uma carta aberta oficial com o posicionamento do coletivo.
Em 2023, a cadeia da borracha foi fortemente retomada pelos povos indígenas em Rondônia, por meio do projeto Borracha Nativa, realizado em parceria entre a rede Origens Brasil® e a Mercur. A iniciativa, que atua há mais de 10 anos com povos do Xingu, expandiu para Rondônia e lançou um novo produto: a borracha 100% látex da Amazônia.
Em números, a Mercur comprou mais de 63 toneladas de borracha natural da rede Origens Brasil® entre 2010 e 2023. No ano passado, foram 8,65 toneladas. A previsão para os próximos anos é chegar em 30 toneladas/ano. O comércio justo com as comunidades extrativistas gerou mais de R$ 165 mil de renda para os seringueiros.
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Ao todo, são oito territórios parceiros da rede Origens Brasil® fortalecidos pelo comércio ético da borracha: quatro ficam na Terra do Meio em Altamira (PA) - Reserva Extrativista Rio Xingu, Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, Reserva Extrativista Rio Iriri e Terra Indígena Xipaya - e outros quatro, em terras indígenas no Estado de Rondônia (RO) - Igarapé Lourdes, Rio Branco, Sete de Setembro e Uru-Eu-Wau-Wau.
Outro exemplo é o projeto “Juntos pela Amazônia”, que já beneficiou 4170 famílias e contribuiu diretamente para a conservação de mais de 60 mil hectares da Amazônia, a partir do manejo para a produção da borracha, somente em 2022. Indiretamente, o impacto ambiental positivo ultrapassou 1,3 milhão de hectares nas quatro Unidades de Conservação (UCs) e nos cinco municípios do Amazonas em que as atividades são realizadas: Canutama, Pauini, Manicoré, Eirunepé e Itacoatiara.
Além disso, só no primeiro ano de extração de látex com o apoio do projeto, mais de 60 toneladas de borracha nativa foram produzidas e vendidas para a Michelin no Brasil, gerando R$ 900 mil de renda para as famílias participantes. A primeira remessa da safra 2024/2025 de borracha nativa gerou mais 31,5 toneladas e R$ 441 mil de renda para famílias e associações de seringueiros dos municípios de Manicoré (a 347 quilômetros de Manaus) e Itacoatiara (a 270 quilômetros da capital), mesmo com todas as dificuldades, diante da grande estiagem que vem isolando comunidades e causando grandes prejuízos no Amazonas. Desse total, mais de R$ 378 mil foram destinados aos seringueiros e mais de R$ 63 mil para as associações.
O evento é uma realização do Instituto de Manejo e Certificação Florestal (Imaflora), Origens Brasil, WWF-Brasil, Pacto das Águas, Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Memorial Chico Mendes. Além disso, tem apoio do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS)/Programa Brasil e USAID Brasil e Fundação Zurich.
Foto: Divulgação
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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