Medida busca proteger recursos naturais de área indígena em Santarém
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao governador
do Pará, Helder Barbalho, e ao secretário estadual de Meio Ambiente, Mauro O'de
Almeida, que providenciem, com urgência, a alteração do Zoneamento Ecológico
Econômico (ZEE) do Estado, para que a área da Terra Indígena Munduruku e Apiaká
do Planalto Santareno, em Santarém, seja reclassificada para zona de uso
sustentável.
Atualmente, a terra indígena, que está em processo de
demarcação pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), está
classificada no ZEE como zona de expansão das atividades econômicas, categoria
que incentiva o desmatamento e, portanto, não garante a adequada preservação do
ecossistema e dos recursos naturais aos quais os indígenas têm direito,
registra o MPF.
Apesar de a Constituição estabelecer a necessidade de
garantir a segurança e a preservação dos recursos ambientais essenciais para a
reprodução física e cultural e para o bem-estar dos povos indígenas sobre as
terras que tradicionalmente ocupam, o MPF considera que há risco de os povos
Munduruku e Apiaká do Planalto Santareno receberem, ao final do processo de
demarcação da Funai, um território sem floresta, caça, frutas, ou pesca.
O procurador da República Vítor Vieira Alves também
recomendou que o governador e o secretário de Meio Ambiente do Estado adotem as
medidas necessárias para assegurar a proteção dos recursos ambientais na área
da Terra Indígena (TI) Munduruku e Apiaká do Planalto Santareno, por meio de
maior rigor na análise do licenciamento ambiental de qualquer obra ou atividade
na área, sem comprometer o direito de consulta livre, prévia e informada dos
indígenas, para garantir que os processos de demarcação pela Funai possam ser
concluídos com a devida segurança e eficácia.
A alteração da classificação da área no ZEE, além de
garantir a posse tradicional dos povos indígenas e contribuir para preservação
do meio ambiente, evitará o aprofundamento de conflitos e tensões fundiárias e
violências contra defensores de direitos humanos, cuja responsabilidade pode
ser atribuída ao Estado, alerta o MPF.
Motivos para a reclassificação – Além de
diversas leis brasileiras e de normas internacionais incorporadas ao sistema
jurídico do país, na recomendação o MPF indica uma série de outros motivos que
reforçam a obrigatoriedade da reclassificação da área para zona de uso
sustentável. Confira alguns:
O que é ZEE – O ZEE é um instrumento de organização do território que deve ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas. Nele são estabelecidas medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
Fonte: MPF PA
Foto: Divulgação/Ag. Pará
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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