O agronegócio brasileiro já é um dos mais competitivos e dinâmicos do mundo, contribuindo de forma notável para a economia do País e para a segurança alimentar do mundo. Porém, para manter o vigor, enfrenta obstáculos desafiadores que exigem bastante atenção e decisões estratégicas.
Além da necessidade inadiável de os governos corrigirem - e até ampliarem - uma malha logística que viabilize o bom e correto escoamento da produção (estradas principalmente), também o "câncer" chamado estocagem precisa ser extirpado devez, haja vista ser inconcebível seguirmos perdendo competitividade por conta da histórica falta de armazéns.
A sustentabilidade ambiental também é um proeminente desafio a ser encarado, haja vista as pressões internacionais, especialmente em relação a desmatamentos, uso de recursos hídricos e, evidentemente, a emissões de gases de efeito estufa.
O certo é que o Brasil não pode mais ignorar as tecnologias de baixo carbono, como a agricultura de precisão e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que integra diferentes sistemas produtivos - agrícolas, pecuários e florestais - dentro de uma mesma propriedade, de forma a otimizar o uso da terra, elevando os patamares de produtividade, diversificando a produção, gerando produtos de qualidade e, melhor, reduzindo a pressão sobre a abertura de novas áreas.
Como os eventos climáticos extremos - secas prolongadas e chuvas intensas -, afetam a produtividade e a previsibilidade das safras, torna-se indispensável o investimento em pesquisas capazes de desenvolver culturas mais resistentes a tais alterações. Nesse quadrante, destaque-se o notável papel da Embrapa, referência mundial em pesquisa e apoio técnico aos produtores rurais - grandes, médios e familiares - investigando e desenvolvendo novas variedades de plantas, técnicas de cultivo, métodos de manejo de animais e sistemas de produção mais eficientes.
Mais do que nunca, com os novos parâmetros de taxação impostos pela administração Tramp, o acesso a mercados internacionais impõe habilidades técnica e gerencial para driblar barreiras comerciais, tarifas e exigências sanitárias, que passam a dificultar a exportação dos produtos nacionais.
Digo que negociar acordos comerciais com novos mercados - Ásia e África por exemplo -, fortalecer a imagem do agro brasileiro como sustentável e confiável, a adequação aos novos padrões internacionais de qualidade e sanidade, por certo é o "dever de casa" que governo e produtores devem perseguir.
A expansão do crédito rural além de contemplar o plantio, deve financiar tecnologias, além de favorecer parcerias entre universidades, centros de pesquisa e o setor privado, na busca incessante pelo desenvolvimento de inovações.
A volatilidade dos preços das commodities e os riscos climáticos e sanitários, que afetam a rentabilidade do setor, devem ser enfrentados com a ampliação do uso de instrumentos de proteção, como seguro rural e contratos futuros, diversificação da produção e o monitoramento de pragas para enfrentamento de surtos.
Finalmente, a realidade hoje tão preocupante da falta de mão de obra qualificada - fenômeno associado à migração de jovens para centros urbanos -, que acabam impactando a produtividade, só poderá ser equacionada mediante investimentos em educação técnica e capacitação no campo, atração dos jovens para o agronegócio por meio de incentivos e tecnologias modernas, valorização do trabalho no campo e melhoria das condições de vida rural.
Foto: Divulgação
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*José Croelhas é economista, consultor, escritor e palestrante.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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