Belém, PA - Concluída a instalação dos dois novíssimos aceleradores lineares Varian-Halcyon que, conforme noticiado pela coluna Olavo Dutra, ficaram por anos encaixotados no depósito, no próximo dia 17/03 (quinta-feira) o hospital Ophir Loyola realizará sua tão aguardada primeira Radiocirurgia Estereotáxica Cerebral pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Pará.

De altíssima tecnologia, o procedimento, que não é invasivo, mobilizará uma grande equipe multiprofissional, composta por profissionais das áreas de neurocirurgia, radiologia, rádio-oncologia, enfermagem e técnicos em dositometria. Será, de fato, um novo marco na assistência oncológica aos pacientes paraenses.

De acordo com os físicos Eduardo Faria e Francisco Sampaio, doutores na matéria, "o HOL inicia esta nova fase buscando oferecer tratamentos compatíveis com o que existe de mais avançado para pacientes com tumores cerebrais".

O paciente N.N.B, de 50 anos, procedente do interior paraense e portador de um já diagnosticado meningeoma maligno - submetido anteriormente a duas cirurgias no cérebro para tentar controlar a doença -, foi o escolhido para se submete ao procedimento pioneiro. Ele receberá uma altíssima dose de radiação numa pequena área no cérebro (onde está localizado o tumor), preservando áreas nobres da memória, assim como de suas funções cognitiva e motora. 

“Espera-se que o tratamento seja realizado com bastante sucesso e com o mínimo de efeitos colaterais” - garantem os doutores Dionísio Bentes e Cláudio Reis, da equipe de Rádio-Oncologistas do HOL.

Embora a radiocirurgia de cérebro, realizada com ajuda dos aceleradores lineares Varian-Halcyon, deva durar apenas 20 minutos, o seu planejamento e a preparação demoraram pelo menos duas semanas. 

Com ela, o Hospital Ophir Loyola passa a ser o primeiro hospital do Brasil a habilitar, simultaneamente, dois aceleradores lineares dotados de incrível precisão, qualidade e velocidade para tratamento em radioterapia.

Com isso, o Centro de Atendimento e Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) do HOL, único no Pará, entra na vanguarda das instituições do Brasil a oferecerem este tratamento 100% pelo SUS.

Foto: Agência Pará