Caso de 1994 foi levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos
Belém, PA - Organizações em defesa dos direitos humanos lançarão nesta sexta-feira (13) o documentário "Meninos de Belém - Um Grito de Liberdade”. As informações foram publicadas na coluna da jornalista Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo.
O filme aborda a execução de três adolescentes na capital do Pará, em 1994, no caso que ficou conhecido como Chacina do Tapanã. O crime, que completa 30 anos na data de estreia da obra, não teve punidos.
O lançamento é organizado pela Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos (SDDH), pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Emaús (CEDECA) e pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH). O filme também trará casos de outros jovens assassinados no estado.
Max Cley Mendes, Marciley Roseval Melo Mendes e Luís Fábio Coutinho da Silva foram mortos por policiais militares durante uma operação no bairro do Tapanã, em Belém.
A operação é associada a uma vingança pelo assassinato de um agente. As mortes dos adolescentes foram justificadas como baixas em confronto violento e registradas com o termo "auto de resistência".
Antes de serem assassinados, os três jovens teriam sofrido ameaças e agressões dos policiais, segundo as organizações.
Vinte e um agentes foram acusados, mas, em julgamento terminado em agosto de 2018, todos foram absolvidos e o processo, arquivado.
Em 2023, o caso foi levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), onde aguarda julgamento. As entidades pedem indenizações às famílias das vítimas, uma nova investigação para apurar culpados e que a Corte declare a responsabilidade do Estado sobre as mortes.
A Chacina do Tapanã integra o levantamento Mapa de Chacinas: Regiões Norte e Nordeste, feito pela organização Rede Liberdade e a Clínica de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
O estudo registrou 489 chacinas e 2.117 vítimas entre 1988 e 2023. O Pará aparece como um dos estados com maior incidência de homicídios em massa, concentrados em comunidades negras e vulneráveis.
Foto: Divulgação
(Com a Folha)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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