O dólar se mantém pressionado em meio ao cenário de temor com as contas públicas do país
A divisa chegou a tocar R$ 6,20 nesta terça-feira (17), mas perdeu fôlego e fechou acima de R$ 6,09 — ainda assim renovando a máxima histórica.
Ao olhar para o índice Ptax — taxa de referência para contratos denominados em real em bolsas de mercadorias no exterior —, a moeda brasileira já acumula uma desvalorização de 21,52% neste ano.
O patamar é o quinto pior dos últimos 24 anos, e se aproxima do nível de deterioração observado na pandemia da Covid-19, segundo levantamento feito por Einar Rivero, analista da Elos Ayta.
Rivero destaca que a diferença de apenas 0,92 ponto percentual reflete “um cenário de pressão cambial persistente e desafios econômicos”.
“A desconfiança do mercado em relação à trajetória das contas públicas continua afetando o câmbio. O pacote fiscal do governo, divulgado no final de 2023, não conseguiu convencer os investidores”, aponta o analista da Elos Ayta.
“O Federal Reserve manteve os juros elevados ao longo do ano, atraindo capitais para os títulos do Tesouro americano e pressionando moedas emergentes como o real”.
A conclusão de Rivero é de que o desempenho do câmbio nos últimos 25 anos revela o real como uma moeda frequentemente sujeita a volatilidade e crises periódicas.
No período, a moeda brasileira se desvalorizou em 15 oportunidades, com valorizações ocorrendo em apenas 10 anos. Os episódios mais marcantes coincidiram com pressões políticas, recessão, crises globais e, como já destacado, a pandemia.
Apesar disso, Rivero mantém a perspectiva de que “a moeda brasileira é capaz de recuperações expressivas em momentos de ajuste econômico e melhoria no cenário global”.
Em seu levantamento, o analista destaca que as principais altas observadas desde 2000 se deram em momentos no qual o Brasil e o mundo passavam por recuperação de crises.
“Para 2025, o desempenho do real dependerá de uma política fiscal mais robusta, de um ambiente externo menos restritivo e de um crescimento mais acelerado da economia brasileira”, avalia Rivero.
“A mensagem é clara: a resiliência cambial do Brasil ainda depende de ajustes estruturais e de uma gestão econômica mais previsível”, conclui.
Fonte: CNN BRASIL
Foto: Reprodução
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
ALina Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Rlex Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip commodo.
Roboto Alex
21 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.