Ainda que evitável na maioria dos casos, o câncer de colo de útero, por exemplo, ainda mata 6 mil mulheres por ano, no Brasil
Belém, PA - Em média, 30 mil mulheres recebem o diagnóstico de algum câncer ginecológico, anualmente, no Brasil. Os cânceres ginecológicos são aqueles que afetam o aparelho reprodutor feminino. Os mais incidentes no Brasil são o tumor no colo do útero, no corpo do útero (endométrio), nos ovários, na vulva e na vagina. Desses 5 tipos de câncer, 3 estão entre os dez mais frequentes no País - colo de útero, ovário e endométrio
Porém, os números tendem a diminuir drasticamente se a população feminina adotar medidas de prevenção. Voltada à conscientização sobre o câncer ginecológico, a campanha Setembro em Flor chama a atenção para a prevenção, que pode evitar que a mulher tenha câncer, e também para a importância de exames preventivos que asseguram o diagnóstico precoce da doença.
Para a oncologista Paula Sampaio, campanhas como essa são parte importante da estratégia para enfrentar o problema. "Nossos esforços são para que os números de casos novos caiam ao longo do tempo, mas para isso é preciso que as campanhas tenham efeito na população. O fato de esse número de novos diagnósticos continuar aumentando no Brasil é preocupante. Um exemplo é o câncer de colo de útero. Em países desenvolvidos, ele é muito menos incidente, principalmente por causa da vacinação em massa. No Canadá e na Austrália, por exemplo, a erradicação é uma meta próxima. Enquanto isso, nós (no Brasil) ainda temos cerca de 6 mil mortes por ano por causa de uma doença que é absolutamente evitável”, explica a médica. “.
Prevenção
O uso de preservativos e a vacinação contra o HPV são as principais formas de prevenir a doença. A vacina está disponível gratuitamente na rede pública de saúde, e deve ser aplicada em meninos e meninas entre 9 e 14 anos de idade. O objetivo é proteger crianças e adolescentes antes que elas tenham contato com o HPV, antes de iniciarem a vida sexual. “Se conseguirmos conscientizar as pessoas sobre as medidas de prevenção, estaremos no caminho da erradicação do câncer de colo de útero”, resume a médica.
A mulher deve ter ainda mais atenção se houver casos prévios de câncer ginecológico na família e se surgirem alterações como sangramento, secreção vaginal, inchaços e dores ao urinar. Tudo isso deve ser investigado. “Muitas vezes, na correria do dia-a-dia, a mulher não dá a devida atenção aos sinais do próprio corpo e algumas doenças podem surgir sem que sejam percebidas. É de extrema importância a realização do check-up ginecológico periódico”, explica Paula Sampaio, oncologista do Centro de Tratamento Oncológico.
“O diagnóstico precoce faz a diferença. Segundo levantamentos do Ministério da Saúde, há duas décadas, 80% das pacientes morriam com esses tipos de câncer. Hoje, 80% são curadas, uma inversão atribuída à descoberta do tumor em estágios iniciais, que possibilita o tratamento com melhores resultados”, finaliza a médica.
Os cânceres ginecológicos
- Câncer de colo do útero - Entre os cânceres ginecológicos, é o mais incidente. No Brasil, é o terceiro mais frequente entre as mulheres, com 17 mil casos/ano (INCA). Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao vírus HPV.
- Câncer de endométrio - É o tumor de corpo uterino mais frequente (7.840 mil casos/ano). Ocorre na camada interna do corpo do útero. É mais comum em mulheres pós- menopausa (80% dos casos acima de 50 anos)
- Câncer de ovário – Com 7.310 mil casos/ano, em sua maioria, os sintomas só se manifestam em estágio avançado, dificultando o diagnóstico precoce. Essa é uma das razões para ser o tipo mais letal entre os cânceres ginecológicos, com cerca de 4 mil mortes/ano.
- Câncer de vulva - Possui maior frequência entre as mulheres após a menopausa. Entretanto, esporadicamente, pode ocorrer em mulheres mais jovens. Corresponde a 4% dos tumores ginecológicos, causado principalmente pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
- Câncer de vagina - É raro, corresponde a 1% dos tumores ginecológicos, aproximadamente. É causado principalmente pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
Foto: Divulgação
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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