Julgamento será feito de forma virtual pela Primeira Turma
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
julga nesta sexta-feira (6) o recurso apresentado pela defesa da deputada
Carla Zambelli (PL-SP) contra a decisão que a condenou a dez anos de
prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), ocorrido em 2023.
O julgamento está previsto para começar às 11h e será
realizado de forma virtual pelos ministros da Primeira Turma da Corte. O
colegiado é formado pelo relator do caso, Alexandre de Moraes, e os ministros
Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin. A votação ficará aberta
até às 23h59.
Também será analisado recurso do hacker Walter Delgatti,
condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo. Segundo as
investigações, a invasão eletrônica foi executada por Delgatti e ocorreu a
mando de Zambelli.
O recurso foi protocolado no STF antes de Carla Zambelli
fugir para a Itália para evitar o cumprimento da pena. No início desta semana,
ela saiu do Brasil com destino aos Estados Unidos. Na manhã de ontem (4), a
deputada chegou em Roma, onde deve permanecer. Ela tem dupla cidadania.
Repercussão
Caso o recurso seja rejeitado pela maioria dos ministros,
Moraes poderá determinar a execução da condenação da deputada. Dessa
forma, a prisão de Zambelli deixaria de ser preventiva e passaria a ser
motivada para o cumprimento da pena.
Além disso, a perda do mandato pode ser decretada em função
da condenação, e a Câmara dos Deputados não vai precisar decidir se a deputada
deve ser presa ou não.
De acordo com a Constituição, os membros do Congresso
Nacional não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, que é
o caso de Zambelli. No caso de prisão preventiva, a palavra final seria
dos deputados.
A prisão para cumprimento de pena também deve minimizar as
alegações de perseguição política contra a deputada e facilitar o embasamento
jurídico para um eventual pedido de extradição.
Em casos semelhantes, a Justiça italiana autorizou a
extradição de cidadãos de dupla nacionalidade, como o ex-diretor do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão.
Recurso
No recurso, a defesa pede a absolvição da deputada e
afirma que houve cerceamento de defesa pela falta de acesso a todas as
provas produzidas durante a investigação.
Os advogados também contestaram a condenação de Zambelli ao
pagamento de R$ 2 milhões em danos coletivos.
"Não há critérios objetivos que possam quantificar e
precisar, ainda que grosseiramente, o prejuízo sofrido pela administração da
justiça, de modo que a fixação de indenização em patamar milionário decorre de
discricionariedade do julgador sem amparo em critérios objetivos",
afirmaram os advogados.
Após a fuga, o advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada. Moraes determinou que a defesa seja feita pela Defensoria Pública da União (DPU).
Fonte: Agência Brasil
Foto: Lula Marques
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
ALina Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Rlex Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip commodo.
Roboto Alex
21 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.