A torcida do Paysandu está em festa desde o último sábado, quando o time bicolor conquistou o acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro. Um amistoso comemorativo está marcado para amanhã, no estádio da Curuzu, e a diretoria do clube já começou a traçar o seu planejamento para a próxima temporada. Mas a 6ª rodada do quadrangular decisivo da Série C parece ainda não ter acabado. Pelo menos para o Volta Redonda, adversário do Papão na ocasião, que venceu a partida por 1 a 0, com o placar não sendo suficiente para que conquistasse o acesso. O Voltaço afirma que foi prejudicado pela atuação do árbitro Wilton Pereira Sampaio e informou que irá ingressar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com uma ação pedindo a impugnação daquele jogo.

O clube carioca emitiu uma nota em que expressa a sua indignação com o lance da expulsão do meio-campista Robinho, do Paysandu. "O clube comunica que irá apresentar uma queixa formal à Confederação Brasileira de Futebol e solicitará, ainda hoje, ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, a impugnação da partida por um erro de direito, que fez com que o Paysandu jogasse grande parte do segundo tempo com um jogador a mais em campo, haja vista a conduta que originou a expulsão do atleta adversário ter acontecido com o jogador ainda dentro do campo de jogo", começa a nota. "A conduta narrada na súmula de 'retardar excessivamente sua saída de campo' aconteceu, por deduções óbvias, com o atleta ainda dentro de campo, obrigando uma punição imediata, antes de qualquer possibilidade de manobra de substituição, sob pena de caracterização de um claro erro de direito".

O Volta Redonda afirma que a decisão de Sampaio influenciou diretamente no resultado em campo e ainda criticou uma "tentativa de manobra sórdida" do árbitro para justificar o seu ato na súmula. "Tal atitude grotesca de permitir ao adversário continuar com 11 jogadores no campo de jogo por mais de 40 minutos, por uma conduta praticada com o atleta em campo, se torna extremamente relevante para o resultado final da partida. De se lamentar ainda o oportunismo e desfaçatez no preenchimento da súmula, colocando que o atleta foi expulso um minuto após a sua substituição, quando na verdade não se passaram nem três segundos da saída do jogador do campo. O que aconteceu em três segundos que deu tempo de gerar tumulto e o árbitro tirar um cartão vermelho? É humanamente impossível isso acontecer em três segundos, tendo sido uma manobra sórdida para tentar justificar o injustificável", diz a nota.

Os cariocas terminam com um pedido de respeito à lisura do jogo. "Por fim, acreditamos muito no jogo limpo e no resultado conquistado dentro das quatro linhas, porém as regras básicas precisam ser respeitadas por questões de equidade, lisura e para que o resultado final seja obtido de forma que atenda todas as regras do jogo. Se você tiver que jogar com 10 jogadores e continuar jogando com 11 atletas por mais de 40 minutos, essas regras não foram respeitadas e é justamente corrigir isso que o Volta Redonda irá buscar".

O Paysandu não se manifestou sobre o assunto.

Foto: Jorge Luis Totti/PSC