São Paulo, 12 - O presidente da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou nesta segunda-feira, 12, que receberá
na próxima segunda-feira, 19, na sede da entidade, o presidente do INSS e,
possivelmente, o ministro da Previdência, além de representantes da Advocacia
Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU). O encontro deve
marcar o início de uma força-tarefa para investigar denúncias envolvendo
empréstimos consignados não autorizados a aposentados
"Nós propusemos tanto ao ministro da Previdência quanto ao presidente do
INSS. Fizemos isso por um ofício. Que nós criássemos uma força de trabalho, e
podemos chamar de força-tarefa, grupo de trabalho, e eu vou receber na Febraban
na próxima segunda-feira o presidente do INSS, e provavelmente também o
ministro da Previdência, o advogado-geral da União e o ministro-chefe da CGU,
para que a gente possa se debruçar e conversar sobre todos os processos",
disse, em entrevista à GloboNews.
"A ideia é fechar fragilidades para que aposentado só receba crédito se
solicitou", emendou.
Na entrevista, Isaac explicou que a Febraban busca compreender a real dimensão
do problema, diante de números que ainda geram controvérsia. "Nós não
estamos diante de uma situação crítica, não há nada fora de controle. No ano de
2023, que é o ano da auditoria do TCU, foram 23,3 milhões de operações de
crédito para menos de 10 mil reclamações. Agora nós não sabemos efetivamente se
essas reclamações foram consideradas procedentes "
Ele ressaltou ainda que os bancos não compartilham práticas irregulares e que
qualquer operação não autorizada será cancelada, com ressarcimento ao
aposentado prejudicado.
Isaac também defendeu o modelo de crédito consignado como uma ferramenta
importante de acesso a recursos com juros mais baixos para a população idosa e
de baixa renda. "O consignado tem o menor custo do mercado em termos de
linhas de crédito pessoal. Nós não vamos compartilhar qualquer crédito que não
tenha sido autorizado. Qualquer que tenha sido a operação não autorizada, essa
operação será cancelada, o produto, o crédito, será estornado e nós vamos
ressarcir o aposentado e vamos querer entender como, quem praticou, para
rigorosamente punir esse fraudador."
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Marcello Casal Jr.