Mianmar está no meio de uma guerra civil, e muitas áreas não são facilmente acessíveis
Bangcoc, 28 - Um terremoto de magnitude
7,7 atingiu o sudeste da Ásia nesta sexta-feira, 28, com epicentro em Mianmar,
onde 13 pessoas morreram. O tremor também foi sentido na Tailândia, onde milhares
de pessoas desocuparam suas casas e locais de trabalho e outras duas pessoas
morreram. O tremor foi seguido por um forte abalo secundário de magnitude 6,4.
Um estado de emergência foi declarado em seis regiões birmanesas após o
terremoto, cujo epicentro foi próximo à segunda maior cidade do país.
Mianmar está no meio de uma guerra civil, e muitas áreas não são facilmente
acessíveis. Ainda não está claro quais esforços de resgate o exército poderá
fornecer.
Equipes de emergência na Tailândia informaram que duas pessoas foram
encontradas mortas e um número desconhecido ainda está sob os escombros de um
prédio que desabou após o forte terremoto em Bangcoc. O socorrista Songwut
Wangpon disse à imprensa que outras sete pessoas foram encontradas com vida. A
estrutura de vários andares desabou após o terremoto, derrubando a grua no topo
e levantando uma enorme nuvem de poeira.
A área metropolitana de Bangcoc abriga mais de 17 milhões de pessoas, muitas
das quais vivem em apartamentos altos. Alarmes dispararam em prédios na cidade
às 13h30, e moradores assustados foram desocupados por escadas de edifícios
altos, como condomínios e hotéis. O Departamento de Prevenção de Desastres da
Tailândia afirmou que o terremoto foi sentido em quase todas as regiões do país.
"De repente, todo o prédio começou a se mover. Imediatamente houve gritos
e muito pânico", disse Fraser Morton, um turista escocês que estava em um
shopping na capital tailandesa. "Eu comecei a andar calmamente no início,
mas então o prédio começou a se mover de verdade. Muitos gritos, muito pânico,
pessoas descendo as escadas rolantes na direção errada, muitos estrondos e
objetos caindo dentro do shopping."
Assim como Morton, milhares de pessoas correram para o Parque Benjasiri, vindas
de shoppings, prédios altos e apartamentos ao longo da movimentada Sukhumvit
Road, em Bangcoc. Muitos estavam ao telefone tentando entrar em contato com
seus entes queridos, enquanto outros buscavam sombra do sol escaldante da
tarde.
Algumas pessoas olhavam com medo para os prédios altos na área densamente
povoada da cidade. "Saí e olhei para cima, e todo o prédio estava se
movendo, poeira e destroços... foi bem intenso", disse Morton.
O som de sirenes ecoou pelo centro de Bangcoc, e as ruas ficaram
congestionadas, com alguns dos já engarrafados trechos da cidade paralisados. A
prefeitura declarou a cidade como área de desastre para facilitar a ajuda
interagências e as operações de emergência.
Em Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar e próxima ao epicentro, o terremoto
danificou parte do antigo palácio real e alguns edifícios, segundo vídeos e
fotos divulgados no Facebook. Embora a área seja propensa a terremotos, ela é
geralmente pouco povoada, e a maioria das casas são construções baixas.
Na região de Sagaing, a sudoeste de Mandalay, uma ponte de 90 anos desabou, e
algumas seções da rodovia que liga Mandalay à maior cidade de Mianmar, Rangum,
também foram danificadas.
Em Rangum, moradores saíram correndo de suas casas quando o terremoto ocorreu.
Não há relatos imediatos de feridos ou mortes
Na capital Naypyitaw, o tremor danificou santuários religiosos, derrubando
algumas estruturas, além de causar danos em algumas residências.
Impacto na China
Ao nordeste, o terremoto foi sentido nas províncias de Yunnan e Sichuan, na
China, e causou danos a casas e ferimentos na cidade de Ruili, na fronteira com
Mianmar, segundo a mídia chinesa. Vídeos divulgados por um meio de comunicação
mostraram destroços espalhados por uma rua e uma pessoa sendo levada de maca
para uma ambulância.
O tremor em Mangshi, uma cidade chinesa a cerca de 100 quilômetros de Ruili,
foi tão forte que as pessoas não conseguiam ficar de pé, segundo um morador
relatou ao site The Paper.
Fonte: Estadão conteúdo/ agências internacionais
Foto: Reprodução/G1/Sai Aung Main/AFP
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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