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Ofensiva

Israel aprova plano para tomar a Cidade de Gaza, em nova escalada da guerra

Plano de ocupação deve ser "interrompida", diz ONU

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  • 08/08/2025, 09:00
Israel aprova plano para tomar a Cidade de Gaza, em nova escalada da guerra

Tel Aviv, 08 - O Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para tomar a Cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A decisão, tomada na madrugada desta sexta-feira, 8 (pelo horário local), marca mais uma escalada da ofensiva de Israel contra o território palestino, lançada em resposta ao ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023.

Antes da reunião do Gabinete de Segurança, Netanyahu disse que Israel planejava retomar o controle de todo o território de Gaza para entregá-lo a forças árabes amigas opostas ao Hamas. Israel já controla cerca de três quartos do território devastado.

O plano tem a oposição de militares, que alertam para o risco aos reféns em poder do Hamas e aos soldados de Israel.

ONU diz que plano de ocupação deve ser  "interrompida"

A tomada planejada da Cidade de Gaza por Israel “deve ser imediatamente interrompida”, declarou Volker Türk, chefe de direitos humanos da ONU (Organização Nações Unidas) nesta sexta-feira (8).

“Com base em todas as evidências até o momento, essa nova escalada resultará em deslocamentos forçados ainda mais massivos, mais assassinatos, mais sofrimento insuportável, destruição sem sentido e crimes atrozes”, disse Türk, em um comunicado.

A decisão de Israel de expandir seu exército desafia uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça de 2024 para que o país tome “todas as medidas” para impedir o genocídio em Gaza.

“(O plano do governo israelense) contraria a decisão da Corte Internacional de Justiça de que Israel deve pôr fim à sua ocupação o mais rápido possível, à concretização da solução acordada de dois Estados e ao direito dos palestinos à autodeterminação”, disse Türk.

O chefe de direitos humanos pediu que a guerra em Gaza “acabe agora”, permitindo que israelenses e palestinos “vivam lado a lado em paz”.

“Em vez de intensificar esta guerra, o governo israelense deveria concentrar todos os seus esforços em salvar as vidas dos civis de Gaza, permitindo o fluxo total e irrestrito de ajuda humanitária. Os reféns devem ser libertados imediata e incondicionalmente pelos grupos armados palestinos. Os palestinos detidos arbitrariamente por Israel também devem ser libertados imediata e incondicionalmente”, afirmou.

Fonte: Estadão conteúdo/Associated Press.

Foto: Reprodução AFT


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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.