O discurso de Lula ocorre num cenário de disputas geopolíticas polarizadas pelos Estados Unidos e pela China, e potencializado pela guerra entre a Rússia e Ucrânia.
Nova Délhi - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste domingo, dia 10, que o G-20 deixe de concentrar suas discussões sobre assuntos como a guerra na Ucrânia e evite a divisão interna. "Não nos interessa um G-20 dividido. Só com uma ação conjunta podemos fazer frente aos desafios de nossos dias. Precisamos de paz e de cooperação em vez do conflito.”
Lula disse, ainda, que conta com a presença do líder russo Vladimir Putin na cúpula do G-20 do ano que vem, no Brasil. Putin tem contra si um mandado de prisão internacional para responder no Tribunal de Haia por crimes de guerra. Segundo Lula, no entanto, o presidente russo não será presos se pisar no País.
Como signatário do Tratado de Roma, o País teria de entregá-lo ao TPI. Na recente cúpula do Brics na África do Sul, Putin evitou uma viagem ao país africano, que também é signatário do tratado.
O discurso de Lula reflete ainda a agenda internacional pregada por ele nos últimos meses, que tem atraído críticas dentro e fora do Brasil. Essa política é marcada por um não alinhamento à guerra na Ucrânia, por vezes entendido como um apoio tácito à Rússia, e o questionamento do dólar como base do comércio internacional, em um aceno ao protagonismo chinês.
Novo Lema
"Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável". Esse foi o novo lema anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro e último discurso no encerramento da cúpula de líderes do G20, em Nova Délhi.
O chefe do Executivo também pontuou quais serão as três prioridades da presidência brasileira: inclusão social e combate à fome; transição energética e desenvolvimento sustentável em suas três vertentes (social, econômica e ambiental) e reforma das instituições de governança global. "Todas essas prioridades estão contidas no lema da presidência brasileira", afirmou o presidente.
O mandatário comentou também que duas forças tarefas serão criadas: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza; e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
"Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030, caso contrário estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos", disse ele para os demais chefes de Estado e de governo do grupo.
Lula lembrou que o G20 se consolidou há 15 anos como uma das principais instâncias de governança global na esteira de uma crise que abalou a economia mundial. "Nossa atuação conjunta nos permitiu enfrentar os momentos mais críticos, mas foi insuficiente para corrigir os equívocos estruturais do neoliberalismo", avaliou.
Estadão conteúdo
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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