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Ditadura

Maduro chama María Corina de “bruxa demoníaca” após Nobel da Paz

Ditador venezuelano demorou 60 horas para se referir, ainda que de modo indireto, à líder opositora após ela receber prêmio

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  • 12/10/2025, 22:21
Maduro chama María Corina de “bruxa demoníaca” após Nobel da Paz

São Paulo, SP - O ditador Nicolás Maduro (foto) fez neste domingo, 13, sua primeira declaração pública após o anúncio do Prêmio Nobel da Paz à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.


Em dia batizado pelo chavismo como Dia da Resistência Indígena, Maduro, sem mencionar o nome de María Corina, chamou a líder opositora de “bruxa demoníaca”. “Se querem a paz, preparem‑se para conquistá‑la”, disse o ditador com um penacho na cabeça e uma arma indígena ao ombro.


Em vez de citar María Corina nominalmente, Maduro a atacou: “90% da população repudia a bruxa demoníaca da Sayona (personagem de terror de uma lenda popular latino‑americana)”, afirmou, citando uma pesquisa ligada ao chavismo.


Maduro repetiu que a união militar‑policial‑popular lhes permitirá, segundo sua previsão, vencer as ameaças do “imperialismo”. 


“Aqui não queremos ser escravos dos gringos”, disse. Ele também acusou a oposição de apoiar uma intervenção externa e perguntou:  “Vocês acham que nossos povos têm medo deles? Acham que nosso povo vai se render? Aqui ninguém se rende, caralho.”


No encerramento do discurso, ordenou aceleração na formação da Milícia Bolivariana Indígena e disse esperar apoio das milícias internacionalistas indígenas da América do Sul, “dispostas a guerrear para defender a pátria de Guaicaipuro (cacique indígena que combateu os espanhóis) e Bolívar”.


“Próximo prêmio será a liberdade da Venezuela”


Mais cedo, como mostramos, María Corina Machado afirmou que o “próximo prêmio será a liberdade” da Venezuela. A declaração foi feita dois dias após ela receber o Prêmio Nobel da Paz.


Em vídeo publicado nas redes sociais, María Corina dedicou o prêmio “àqueles que nunca desistem” e “escolhem a liberdade como caminho para a paz, quando tudo os empurra para o ódio”. 


Ela também homenageou os que “resistem sem ódio, que suportam a fome, o medo e o silêncio, mas nunca deixam de acreditar”.


Segundo o Comitê Norueguês do Nobel, María Corina recebeu o prêmio por “seu trabalho incansável promovendo os direitos democráticos do povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.


“Como líder do movimento pela democracia na Venezuela, Maria Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”, acrescentou o comitê.


Foto: Reprodução/Redes Sociais

(Com O Antagônico)

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.