Mortes

Morte de nove irmãos em Gaza é mais um ato vergonhoso e covarde, diz Lula

Ataque de Israel contra escola transformada em abrigo mata 25 pessoas

26/05/2025, 08:30
Morte de nove irmãos em Gaza é mais um ato vergonhoso e covarde, diz Lula

Brasília, 26 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou-se na noite deste domingo, 25, por meio de nota, divulgada pelo Palácio do Planalto e também no X, sobre o ataque aéreo do governo de Israel na faixa de Gaza, no sábado, 24.

 

O ataque teve como consequência a morte de nove dos dez filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar, o que o presidente classificou como "mais um ato vergonhoso e covarde". Apenas um filho da médica sobreviveu. Ele e o marido de Alaa, também médico, foram feridos e estão internados em estado crítico.

"Esse episódio simboliza, em todas as suas dimensões, a crueldade e desumanidade de um conflito que opõe um Estado fortemente armado contra a população civil indefesa, vitimando diariamente mulheres e crianças inocentes", afirma o presidente

Lula disse ainda que "não se trata de direito de defesa, combater o terrorismo ou buscar a libertação dos reféns em poder do Hamas". "O que vemos em Gaza hoje é vingança. O único objetivo da atual fase desse genocídio é privar os palestinos das condições mínimas de vida com vistas a expulsá-los de seu legítimo território."

 

 

Ataque contra escola

São Paulo, 26 - Ao menos 52 pessoas morreram após ataques israelenses na Faixa de Gaza na madrugada desta segunda-feira, 26. Um dos alvos foi uma escola transformada em abrigo; o local foi atingido enquanto as pessoas dormiam. O exército israelense afirmou que membros do grupo terrorista Hamas operavam a partir da escola.

O ataque à escola Fami Aljerjawi feriu ainda outras 55 pessoas; 33 morreram no local. Imagens que circulam nas redes sociais mostram socorristas tentando apagar incêndios e recuperando corpos carbonizados. Uma criança foi filmada tentando escapar das chamas.

O exército de Israel declarou que o alvo era um centro de comando e controle de terroristas dentro da escola, utilizado pelo Hamas e pela Jihad Islâmica para coletar informações para ataques.

O país culpa o Hamas pelas mortes de civis, alegando que o grupo opera em áreas residenciais e diz que "foram tomadas várias medidas para mitigar o risco de causar danos à população civil"

Um outro ataque separado a uma residência matou 19 pessoas de uma mesma família, incluindo cinco mulheres e duas crianças.

Israel retomou sua ofensiva em março após o fim de um cessar-fogo com o Hamas. O governo israelense prometeu tomar o controle de Gaza e continuar lutando até que o Hamas seja destruído ou desarmado, e até que os 58 reféns restantes - um terço dos quais acredita-se estarem vivos - sejam devolvidos.

Eles foram sequestrados durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra. (Com agências internacionais).

 

Fonte: Estadão conteúdo

Foto: Reprodução AFP


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