governador Helder Barbalho e o presidente do MDB no Pará, ministro Jader Filho, andam cabisbaixos com os resultados das últimas pesquisas eleitorais. As chamadas pesquisas “internas”, aquelas que o partido retém para se orientar, não mostram resultados animadores.
Belém
e a única surpresa positiva, com o crescimento do nome do deputado estadual
Igor Normando - ainda muito atrás do candidato do PL, o delegado Eder Mauro -,
mas, no geral, a situação é braba, e mostra que tem “muito caititu fora do
bando”, para usar uma expressão do próprio governador - a começar por
Parauapebas, sudeste do Estado, onde o candidato Aurélio Goiano, do Avante, vai
consolidando a liderança contra a máquina do prefeito Darci Lermen e do Estado.
Em
Ananindeua, é do jeito que está, mesmo com o governador concentrando energia e
recursos - e acumulando desgastes -, sem conseguir alterar o quadro amplamente
favorável ao prefeito Daniel Santos, do PSB - o “fantasma” criado e soprado
pelas graças do próprio.
Pela hora da morte
Além
desses dois grandes colégios eleitorais, o MDB padece em Santarém, Moju,
Capanema e Marapanim, onde o partido do governador detém ou faz grande esforço
para conquistar as prefeituras com candidatos que não aparecem bem nas
pesquisas - nem nas fotos.
Dentro do quintal
Moju
é área de influência política do deputado estadual e ex-chefe da Casa Civil de
Helder Iran Lima, que escalou um filho para disputar a Prefeitura de Soure.
Dizem que Iran Lima abriu o leque no seu município de origem e foi abanar a
candidatura do filho no Marajó, mas a pipa de casa não pegou vento.
Vendaval do povão
O
caso mais grave para o MDB é em Santarém, a julgar pelos resultados da última
pesquisa Doxa. Na terceira maior cidade do Estado, entre seis candidatos, a
Doxa aponta JK do Povão, do PL, seguido de José Maria Tapajós, do MDB, com
53,7% e 30,1% dos votos válidos, respectivamente o que significa que, se
eleição fosse hoje, JK seria eleito em primeiro turno - a somatória dos votos
válidos de José Maria e dos demais pré-candidatos chega a 46,3%.
Refazer as contas
Não é
nada, não é nada, ainda tem muita água para rolar por debaixo da ponta, mas, na
ponta do lápis, para quem planejava eleger prefeitos em 144 municípios...
Papo Reto
· A farra
do Cheque Moradia em Bragança andava tão animada que fez centenas de vítimas,
dizem fontes da coluna.
· A tal
ponto que o ex-vereador Márcio Bureta (foto), do MDB - que deve
concorrer este ano -, pagava R$ 4 mil por R$ 16 mil em cheques, o que lhe
garante fazer uma campanha tipo para deputado estadual, segundo as fontes.
· Mas, no
município, campanha cara não é exatamente privilégio de Bureta. Há pelo menos
mais uma considerada “milionária” para os padrões paroquiais.
· No caso
de Bureta, o padrinho do Cheque Moradia atende pelo nome de Wanderlan Quaresma,
médico e deputado estadual pelo MDB.
· Ninguém
vê Márcio Bureta em Bragança desde a semana passada. Uns dizem que está em gozo
de férias, outros são mais ferinos...
· Entreouvido
nos corredores do TCM no melhor trocadilho à moda Joaquim Antunes: “a
conselheira não quer que as viagens nos ônibus sejam “uma fria”.
· Dizem na Prefeitura de Belém que o prefeito Edmilson está
‘entalado’ e a ponto de explodir com a história dos ônibus. E o TCM não se
manifesta abertamente.
· Com
previsão de votação no plenário da Câmara Federal hoje, a regulamentação da reforma
tributária ainda pode ser alterada para incluir as carnes na Cesta Básica
Nacional, isenta de impostos.
· A
inclusão depende de os deputados encontrarem formas de compensar o impacto da
isenção das proteínas animais na alíquota geral.
· Prova
de que as operadoras de telefonia móvel não estão nem aí para investimentos no
Pará. Leitor da coluna diz que percorreu 17 municípios em um raio de 160 km de
Fortaleza sem ficar sem sinal um só momento.
· Por
aqui, saiu de Belém é melhor esquecer a conexão.