Documento é o primeiro divulgado em quase um mês de reuniões
O Vaticano publicou nesta quarta-feira, 25, a carta aos fiéis elaborada
a partir do Sínodo dos Bispos, encontro do papa Francisco com demais clérigos
no qual deliberam, em assembleia, sobre o futuro da Igreja Católica. Não há
referências às guerras da Ucrânia e de Israel.
Apesar dos dois conflitos, o texto não faz qualquer menção direta.
"Rezamos pelas vítimas da violência assassina, sem esquecer todos aqueles
que a pobreza e a corrupção lançaram nos perigosos caminhos da migração",
diz. Pela primeira vez, mulheres puderam participar do Sínodo dos Bispos e ter
poder de voto - ao todo, 54 delas estiveram na assembleia.
O documento, o primeiro divulgado em quase um mês de reuniões, diz que a Igreja
deve se comprometer para garantir que nenhuma pessoa seja vítima de abusos por
parte do clero. Também afirma que deve se aproximar dos mais pobres e a escutar
as pessoas que são vítimas de racismo, incluindo os indígenas e os povos cujas
culturas são desprezadas. Porém, a reunião manteve a resistência à abertura
para a participação das mulheres em cargos altos dentro da Igreja.
O Sínodo foi convocado por Francisco para ser realizado entre os anos 2021 e
2024, como parte de seus esforços para reformar a Igreja. Durante dois anos de
consultas preliminares entre os católicos em todo o mundo, houve um apelo para
que a Igreja, que proíbe mulheres nos seus cargos mais altos, abrisse mais
oportunidades para o público feminino assumir papéis de tomada de decisão. O
processo acabou gerando uma expectativa por mudanças, mas a carta divulgada
nesta quarta-feira deixa claro que essas diferenças permanecem.
O cardeal Robert Prevost, chefe americano do escritório dos bispos do Vaticano,
disse que as mulheres estão recebendo cada vez mais cargos de alto escalão no
Vaticano e estão até sendo consultadas na nomeação de bispos. Mas, ele insistiu
que não há como mudar a tradição de 2.000 anos da Igreja, que confere a
ordenação sacerdotal apenas aos homens.
O cardeal Dieudonn Nzapalainga, arcebispo de Bangui, na República
Centro-Africana, disse que as mulheres não podem ser deixadas para trás. No
entanto, afirmou que incluí-las em funções de autoridade na Igreja era um
"trabalho em andamento". "Eles não têm um papel formal, mas eu
escuto. Eu ouço as mulheres. Convido as mulheres a participar", disse.
Mulheres reclamam que são excluídas do sacerdócio e dos mais altos cargos de
poder, mas, em contrapartida, são as responsáveis pela maior parte do trabalho
da Igreja. Nas observações à assembleia nesta quarta-feira, o papa Francisco
falou longamente sobre a natureza feminina da Igreja.
A carta teve aprovação de 336 dos 364 membros que integram o Sínodo. Os
delegados retornarão a Roma em outubro do próximo ano para continuar o debate e
apresentar propostas a Francisco. (Com Associated Press).
Fonte: Estadão conteúdo/ Associated Press
Foto: Reprodução
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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