A operação é extremamente delicada e entra na reta final hoje; norte-americano está a mais de 1 km de profundidade
Uma equipe internacional com cerca de 200 socorristas tem a difícil missão de resgatar o explorador norte-americano Mark Dickey, de 40 anos, preso em uma caverna na Turquia a mais de 1 km de profundidade. Depois de quase uma semana, a operação dramática deve entrar na reta final a partir desta sexta-feira, 8, com um lento e complexo processo de subida.
Dickey, explorador experiente que ajuda a salvar outras pessoas como membro da Comissão Nacional de Resgate em Cavernas dos Estados Unidos, terá que subir com o apoio de uma maca.
"Isso vai protegê-lo, mas também significa que levará mais tempo para sair da caverna, porque há muitos trechos estreitos e apertados no caminho de saída, é mais difícil passar com a maca", explicou a representante da Comissão Nacional de Resgate em Cavernas Gretchen Baker. "Este não será um resgate rápido em razão da localização dele na caverna e do terreno desafiador à frente", concluiu.
O bombeiro Justin Hanley, de 28 anos, conheceu Dickey quando participou de um curso de resgate em cavernas ministrado pelo explorador há alguns meses. "Mark é o cara que deveria estar naquela missão de resgate, liderando e prestando consultoria, e para ele ser o que precisa ser resgatado é uma espécie de tragédia por si só", disse ele.
Com 20 anos de experiência, o norte-americano estava na Turquia com uma equipe de especialistas para ajudar a mapear a caverna Morca, que chega a 1,2 km, uma das mais profundas do país. Durante a expedição, já a mais de 1 km, ele sofreu um sangramento gastrointestinal e foi levado para uma espécie de acampamento dentro do caverna.
Diante da difícil missão para socorrê-lo, a Turquia pediu ajuda da Associação Europeia de Resgate em Cavernas no último sábado, 2. Equipados com suprimentos médicos e bolsas de sangue, os socorristas da Hungria foram os primeiros a chegar ao local em que estava Mark Dickey e fizeram um transfusão de sangue para que ele sobrevivesse.
Depois de ter o quadro de saúde estabilizado, o explorador chegou a gravar um vídeo em que agradece pelo esforço de resgate e envio de ajuda médica. "Salvou a minha vida", destacou o explorador. "Eu estava muito perto do limite".
Na mensagem gravada na quinta-feira, ele afirmou ainda que, embora esteja alerta e falando, não está curado por dentro e vai precisar de muita ajuda para subir.
A comunicação com Dickey leva até sete horas e é feita por outras pessoas que vão do acampamento onde ele está até outra base em um ponto mais alto da caverna, onde é possível usar um telefone.
Além dos socorristas de Hungria e Turquia, a complexa operação também conta com equipes de Croácia, Bulgária, Itália e Polônia. Cada país ficou responsável por estabelecer uma base de apoio ao longo da caverna para garantir os cuidados médicos constantes que serão necessários durante a subida.
"As missões de resgate nessa profundidade são muito raras, extremamente difíceis e exigem a presença de muitos socorristas experientes em cavernas", ressaltou a Associação Europeia de Resgate em comunicado à imprensa.
O especialista Yusuf Ogrenecek, da Federação Turca de Espeleologia (ciência que estuda as cavernas), explicou que uma das principais dificuldades é aumentar as passagens, que são muito estreitas, para subir a maca. Além disso, o desgaste físico e psicológico de permanecer por dias dentro da caverna com um frio de 4ºC aumentam ainda mais o desafio.
Nesta sexta, o dia em que a missão avança para entrar em sua parte final - e talvez mais difícil - os socorristas internacionais continuavam chegando à Turquia para ajudar. O resgate ainda deve levar no mínimo mais três ou quatro dias, estimou um dos responsáveis pela agência turca de emergências, Cenk Yildiz, em entrevista à agência de notícias local IHA.
"Os médicos foram muito bem-sucedidos em tratá-lo, e agora estamos em posição de retirá-lo da caverna", disse ele lembrando que é uma operação muito difícil e que uma pessoa saudável levaria 16 horas para sair. "Nossa prioridade é a saúde. O objetivo é concluir essa operação sem colocar ninguém em risco", concluiu.
Estadão Conteúdo
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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