Foi a primeira vez que os japoneses venceram a seleção brasileira em toda a História
Rio de Janeiro, RJ - O primeiro revés da seleção sob o comando de Carlo Ancelotti veio de forma inesperada para o torcedor. O Brasil sofreu uma virada por 3 a 2 e teve sua primeira derrota para o Japão na história. Foi apenas o segundo tropeço da equipe principal para um adversário asiático (depois da Coreia do Sul, em 1999).
O resultado foi marcado pela pane no sistema defensivo brasileiro. Quem mais simbolizou esta derrota foi Fabrício Bruno, que cometeu falha grave no lance do primeiro gol japonês e ainda fez, contra, o de empate. Mas a verdade é que todo o setor foi reprovado no teste.
Ancelotti levou a campo uma equipe alternativa. Casemiro, Bruno Guimarães e Vini Jr eram os únicos remanescentes do time titular que goleou a Coreia do Sul (5 a 0), na última sexta. Num 4-3-3 que tinha Lucas Paquetá e Bruno Guimarães muito próximos do trio de ataque, a seleção pareceu que teria uma vida fácil.
Ofensivamente, o primeiro tempo foi muito produtivo. A movimentação dos atacantes e as bolas enfiadas pelos meio-campistas pavimentaram o 2 a 0 no intervalo. Paulo Henrique abriu o placar, aos 25, aparecendo na área para concluir ótima bola enfiada por Bruno Guimarães. Aos 31, foi a vez de Gabriel Martinelli finalizar o bom levantamento de Paquetá.
A vantagem no placar mascarou a fragilidade que já aparecia atrás. O Japão só não abriu o placar porque Ueda falhou na cara do gol, aos 21 minutos. No lance, Doan passou com facilidade em jogada individual pela direita e tocou para Minamino, que viu Ueda livre de marcação na segunda trave.
Os problemas ficaram evidentes na etapa final. Aos 7, os japoneses pressionaram a saída brasileira e Fabrício Bruno se enrolou. Acabou entregando nos pés de Minamino, que não perdoou.
O erro do zagueiro encorajou os donos da casa, que passaram a mandar na partida. Os corredores laterais se mostraram caminhos fáceis para chegar ao gol brasileiro. Aos 16, Ita teve espaço suficiente para cruzar pela esquerda. Pela direita, Nakamura teve ainda mais liberdade para concluir, já que não era acompanhado por Paulo Henrique. Fabrício Bruno tentou cortar, mas mandou para o fundo das redes.
A pane seguiu. E, aos 25, Ueda leva a melhor pelo alto sobre Beraldo e cabeceia contra a meta brasileira. Como se não bastasse o erro de marcação do zagueiro, ele ainda contou com falha de Hugo Souza para marcar o da virada japonesa.
Na tentativa de dar novo fôlego ofensivo à seleção, Ancelotti só piorou a situação com suas mudanças. A retirada de Bruno Guimarães prejudizou a criação e ainda enfraqueceu a equipe em sua fase defensiva.
Mesmo a volta ao sistema com quatro atacantes, já nos minutos finais, não deu certo. Com Richarlison e Matheus Cunha centralizados e já sem Paquetá e o próprio Guimarães, o ataque do Brasil se tornou burocrático, apesar da pressão no fim.
Se, antes dos amistosos, o nível técnico dos adversários dava a impressão de que seria uma data Fifa apenas para ganhar confiança, o jogo contra o Japão escancarou lições que precisam ser tiradas. O sistema defensivo, ainda em formação mesmo a nível titular, não passou segurança com jogadores reservas. Sucumbiu a um rival um pouco mais organizado. Um problema para a formação do grupo que irá ao Mundial.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
(Com O Globo)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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