Rússia conseguiu avançar sobre o território ucraniano e está perto de conquistar Kharkiv
O exército ucraniano se retirou nesta
quarta-feira, 15, de partes da frente norte na região de Kharkiv, onde a Rússia
lançou uma nova ofensiva em 10 de maio. O presidente ucraniano Volodmir
Zelenski, que deveria chegar a Madri na sexta-feira, cancelou sua visita
oficial à Espanha.
Nos últimos dias, a Rússia conseguiu avançar sobre o território ucraniano e
está perto de conquistar Kharkiv, que é a segunda maior cidade do país. A
demora na chegada de ajuda militar do Ocidente para a Ucrânia favoreceu a
ofensiva russa.
Nesta quarta-feira, os militares ucranianos afirmaram que manobraram tropas
para "posições mais vantajosas" na região de Kharkiv com o objetivo
de evitar perdas e salvar vidas de soldados.
"Em algumas áreas, perto de Lukiantsi e Vovchansk, em resposta ao fogo
inimigo e a um ataque de infantaria, nossas unidades manobraram na direção de
posições mais favoráveis para salvar as vidas de nossos soldados e evitar
perdas. A batalha continua", disse o Estado-Maior ucraniano nas mídias
sociais.
O exército disse que não está cedendo à ofensiva russa, que surpreendeu as
forças ucranianas no último fim de semana. Várias localidades caíram nas mãos
dos russos, e as cidades de Lukiantsi e Vovchansk se tornaram campos de
batalha. O Estado-Maior disse que suas unidades estão conduzindo contra-ataques
e que "o inimigo está sob constante controle de artilharia" e drones.
Avanço em Kharkiv
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, que monitora diariamente a
situação nas frentes de batalha dos principais conflitos ativos no mundo, as
forças russas têm avançado principalmente de Kharkiv, com incursões no norte e
nordeste da cidade, e estão perto de conquistá-la.
No leste, a posição atual da Rússia de dominação de quase toda a região permite
que tropas do país escolham "múltiplas direções" para avançar em
Avdiivka, em Donetsk. Fora da Ucrânia, o Kremlin tem investido em uma campanha
contra países da Otan, utilizando interferências no GPS e sabotando
infraestruturas logísticas militares.
O avanço acontece por uma combinação de fatores planejados e não planejados
dentro e fora da Rússia. Após perder milhares de soldados e artilharia e
veículos no primeiro ano de guerra, a Rússia conseguiu reorganizar sua
estrutura militar com o tempo e graças a manobras na economia que conseguiram
bancar e manter os altos gastos na guerra.
No cenário externo, a demora para a ajuda dos EUA, o principal financiador
externo da Ucrânia, também favoreceu. Equipamentos e artilharias da Ucrânia
foram se deteriorando e tornando as linhas de frente de Kiev mais frágeis e
perenes.
Por sua vez, a Rússia afirmou, também nesta quarta-feira, ter neutralizado 17
drones ucranianos que tinham como alvo, entre outros, um depósito de
combustível na região de Rostov, no Sul, onde está o quartel-general militar da
operação russa na Ucrânia
"Da noite para o dia, várias tentativas do regime de Kiev de realizar
ataques terroristas contra alvos em território russo foram evitadas",
disse o Ministério da Defesa, em comunicado.
Os sistemas de defesa aérea russos interceptaram e destruíram 17 drones em
várias regiões fronteiriças da Ucrânia, bem como dez mísseis ATACMS sobre a
península anexada da Crimeia. Na região de Rostov, dois drones atacaram um
depósito de combustível, causando explosões, disse o governador local, Vasily
Golubev, no Telegram.
Moscou, que tem mais armas e soldados, lançou seu ataque na região de Kharkiv
em um momento em que as forças ucranianas já estavam sob pressão nas frentes
leste e sul há meses.
As autoridades ucranianas afirmam que a cidade de Kharkiv, a segunda maior do
país e a apenas algumas dezenas de quilômetros da fronteira com a Rússia, não
está ameaçada por um ataque terrestre, embora tenha sido alvo de bombardeios
russos durante semanas, principalmente na infraestrutura de energia.
Na quarta-feira, as autoridades ucranianas começaram a suspender o racionamento
de eletricidade imposto no dia anterior devido aos danos causados pelos ataques
russos nos últimos meses. (Com agências internacionais).
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução do Jornal do Brasil
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
ALina Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Rlex Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip commodo.
Roboto Alex
21 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.