Prefeito tenta romper hegemonias, atrair PL e Celso Sabino e dialogar com dissidentes do PT, além de uma suposta conversa de bastidores com o presidente Lula.
tabuleiro político do Pará começou a se mover antes do previsto - e não foi o governador Helder Barbalho quem empurrou a primeira peça. O gesto inicial veio do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, do PSB, que enxergou uma brecha no campo oposicionista e tenta, com movimentos calculados, montar uma coalizão competitiva para 2026.

O cenário se acendeu quando o PL passou a acenar com a pré-candidatura do ex-senador Mário Couto ao governo. E acendeu mais ainda quando o ministro do Turismo, Celso Sabino, saiu do Palácio do Governo com a notícia crua dita por Helder Barbalho: “Chicão será meu candidato ao Senado pela segunda vaga.”
Percebendo o desalinhamento e o apetite dos dois potenciais concorrentes, Daniel Santos passou a enviar interlocutores para uma costura de peso: vice-governadoria para o PL, apoio integral à candidatura de Celso Sabino ao Senado, e um compromisso comum de enfrentamento ao projeto governista para governo e Senado.
Mário Couto e Celso Sabino, cautelosos, teriam respondido que avaliariam - ambos com interesse firme na disputa ao Senado, caso a junção política se consolide. Couto, porém, fez uma ressalva cirúrgica: “Isso precisa do aval do PL estadual e nacional.”
Numa das conversas de bastidor captadas por Daniel, em Marituba, emergiu outra equação: Sabino poderia concorrer à reeleição para deputado federal e indicar a mulher dele, Érika Sabino, delegada da Polícia Federal, como vice-governadora na chapa em construção. Tudo ainda no campo dos cenários - mas cenários que se conversam.
A bandeira de Daniel seria romper a polarização e derrubar a concorrência ao governo. O prefeito tenta vender a imagem do antipolarização, apresentando-se como a alternativa “nem direita, nem esquerda” e, ao mesmo tempo, a única com musculatura suficiente para enfrentar a candidatura da situação. E, para isso, conversa com quem for necessário,
inclusive com quem, à primeira vista, pareceria improvável: Paulo Rocha, dissidente do PT e crítico do atual governo.
O prefeito abriu canal direto com o ex-senador, atual superintendente da Sudam. Derrotado internamente por Beto Faro na disputa pela presidência do PT estadual, Paulo Rocha aparece como peça-chave na engrenagem da conversa.
Beto Faro, convém lembrar, foi cassado pela Justiça Eleitoral do Pará e agora o caso repousa no STJ. É mais um fator que pressiona o PT local e amplia o espaço de Paulo Rocha, que ensaia retorno ao Senado.
Os bastidores da COP30 revelaram algo maior: o presidente Lula acompanha, em tempo real, as pesquisas para o governo do Pará e monitora cada movimento das forças locais.
A presença do ministro Guilherme Boulos, figura central do Psol, foi interpretada como um freio de Brasília nos setores mais estridentes da esquerda paraense - Sintepp incluído. O Planalto quer ordem no campo progressista.
Circula em sussurros - e aqui tratado como especulação, mas especulação com endereço - que Daniel Santos teria tido um encontro reservado com o presidente Lula, articulado por Paulo Rocha. Sobre Lula, a coluna não conseguiu confirmar...
Se confirmado, o gesto coloca o prefeito num outro patamar: não mais só oposição local, mas interlocutor nacional. Helder Barbalho e Lula circulam nos mesmos ambientes, conversam nos mesmos gabinetes, aparecem juntos em restaurantes. Daniel Santos e Alckmin jogam no mesmo partido e Boulos aparece para colocar o Psol na linha.
Nesse ambiente, como se sabe, não há gesto inocente, nem almoço de graça, nem silêncio desinteressado.

•O conselheiro Luís Cunha (foto), do TCE, está em São Paulo em observação, após alguns dias de internação no Hospital do Coração para debelar uma crise cardíaca.
•O que chama a atenção é a romaria de conselheiros e outros funcionários de alto escalão da Corte para visitar o convalescente Cunha. Os preços das passagens devem ter caído na COP.
•Os corredores da Cúria da Diocese de Bragança estão em polvorosa. Não só pelos rumores das alterações nas destinações dos padres em novas missões nas paróquias da diocese, no que seria a primeira dança das cadeiras de maior profundidade promovida pelo bispo diocesano.
•O que se diz é que há insatisfações mal disfarçadas não só entre os presbíteros, mas também entre os diversos serviços pastorais. As palavras mais citadas constam de um volumoso abaixo-assinado.
•A Receita Federal ativou o modo "luz amarela" em relação a quem é microempreendedor Individual e acumula outras fontes de renda na pessoa física.
•Dependendo da origem desses valores no CPF, essa renda "extra" agora pode somar-se ao limite de faturamento do MEI e provocar desenquadramento automático do Simples, multas e até problemas mais graves com o Fisco.
•Segundo a resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional, MEI não será mais tratado como algo cem por cento separado das demais rendas recebidas no CPF.
•O ponto sensível está justamente nas atividades exercidas fora do MEI que passam a ser consideradas para efeito de contribuição previdenciária de contribuinte individual ou segurado especial.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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