Governador mira atrair 120 dos 144 prefeitos para consolidar apoio político a Hana Ghassan e Chicão Melo.
governador do Pará, Helder Barbalho, tem acelerado ainda mais neste final de ano a aproximação com prefeitos de todas as regiões do Estado. Embora aliados próximos digam que sua própria eleição ao Senado, em 2026, seja considerada “fácil”, o chefe do Executivo estadual estaria concentrando energia em outra missão: reforçar a pavimentação do caminho eleitoral da pré-candidata ao governo, a vice-governadora Hana Ghassan, e de seu aliado na corrida ao Senado, o presidente da Assembleia Legislativa do Pará, Chicão Melo.

Nesta semana, Helder promoveu uma demonstração clara de força política ao reunir prefeitos de 41 municípios para a entrega de tratores destinados ao trabalho em estradas vicinais. A lista chamou atenção não apenas pelo volume de gestores presentes, mas pela abrangência territorial: de Curuá a Terra Santa; de Oriximiná a Prainha; passando por Santarém, Altamira, Breves, Capanema, Santana do Araguaia, Rio Maria, Xinguara e Itupiranga. A cena - que contou com a presença da comitiva pré-eleitoral completa - funcionou como uma espécie de ensaio geral para o que vem pela frente.

E o que vem pela frente promete ser ainda maior. Helder planeja uma grande reunião de confraternização nesta segunda-feira, 15, no Palácio dos Despachos, em Belém. A meta fixada internamente é ambiciosa: atrair ao menos 120 dos 144 prefeitos paraenses, um quórum que nenhum adversário conseguiria reunir hoje no Estado. A ausência confirmada, até agora, é apenas a do prefeito Daniel Santos, de Ananindeua - o principal rival político do grupo governista em 2026 e único com a certeza de que não deve cruzar as fronteiras do Palácio do Governo nem pintado de ouro.
Nos bastidores, a operação para garantir o recorde de presença mobiliza o cerimonial do governo, que trabalha com afinco desde a semana passada. A equipe mantém uma planilha gigante com nome de cada prefeito, telefone, status do contato, confirmações e negativas. Alguns gestores já avisaram que estarão em viagem; outros ainda não responderam às tentativas de comunicação. Mesmo assim, uma força-tarefa foi montada para avançar nas adesões durante o fim de semana.
O cenário eleitoral no Pará ajuda a explicar a estratégia. Helder encerra seu segundo mandato com alta aprovação e domina politicamente a maioria dos municípios. Contudo, a disputa de 2026 deve ser a mais relevante desde 2014: além da eleição para o governo, duas vagas ao Senado estarão em disputa - e o grupo governista pretende ocupar ambas, com Helder e Chicão Melo. Consolidar a base de prefeitos agora significa garantir palanques fortes e alinhados em todas as regiões do Estado.
Se a reunião de entrega de tratores serviu como termômetro, o evento do dia 15 tende a ser um ato político de grandes proporções, ainda que embalado sob o rótulo de “confraternização”. A julgar pelo roteiro recente, Helder quer mais do que apoio administrativo: quer fechar o mapa do Pará com tinta azul governista antes mesmo que a campanha de 2026 comece oficialmente.
Pelo tamanho, a movimentação também acende o alerta na Justiça Eleitoral, que acompanha com cautela eventos de grande porte realizados por agentes públicos em períodos pré-eleitorais. Embora ainda não seja ano de campanha, reuniões que concentram dezenas ou centenas de prefeitos - especialmente quando acompanhadas da entrega de bens, máquinas ou benefícios - costumam ser analisadas sob a ótica do abuso de poder político e econômico, caso haja indício de que a ação possa influenciar o equilíbrio da disputa futura.
No Pará, onde o governador é o principal cabo eleitoral do e já se coloca como pré-candidato ao Senado, cada gesto público passa a ter peso ampliado. Outro ponto de atenção é o caráter híbrido desses encontros: oficialmente administrativos, mas com forte simbologia eleitoral, a presença de nomes da futura chapa majoritária, anunciada com mais de dois anos de antecedência. Ainda que pré-candidatos possam circular e participar de eventos, a legislação veda a promoção pessoal por meio da máquina pública, e adversários certamente observarão atentamente elementos como discursos, cenários, distribuição de benefícios e eventual pedido velado de apoio.
Por fim, o volume de prefeitos mobilizados - 41 em um evento e a tentativa de atrair 120 no seguinte - coloca o Pará no radar de monitoramento da Justiça Eleitoral, especialmente pela relevância política do Estado em 2026. Caso se consolide um padrão de agendas com forte conotação eleitoral financiadas ou organizadas pela estrutura governamental, partidos opositores podem acionar a Justiça pedindo investigação.
Para um pleito que promete ser decisivo, qualquer indício de desequilíbrio de forças deve receber análise minuciosa dos órgãos de fiscalização, que buscarão garantir que a disputa ocorra dentro dos limites legais e com isonomia entre os concorrentes.

•Recado ao prefeito Igor Normando (foto): passada a COP30, usuários constatam a redução da circulação de ônibus “geladões”. Lugar de carro bom e bonito é na garagem?
•Belém ganhou muitas obras relevantes para a COP30, mas largou as ruas do Centro Comércio, no bairro da Campina, à própria sorte.
• Prédios tombados pelo Iphan caindo aos pedaços, ruas e calçadas tomadas de camelôs e barracas de lanches sem qualquer controle sanitário.
•Esse descaso não é de agora, mas a prefeitura deveria colocar em prática projetos de melhorias que dormem nas gavetas da burocracia.
•Realocação de ambulantes, ordenamento dos espaços públicos e projetos de paisagismo é o mínimo que se espera.
•Em Mocajuba, Baixo Tocantins, uma gigantesca área de floresta foi suprimida sem dó nem piedade para dar lugar a milhares de pés de dendê.
•Por falar em Mocajuba: um turista eventual da cidade pôs-se a admirar, ontem à tarde, centenas de urubus refrescarem-se do calor de 35º banhando-se na Praia dos Górgons, sob o olhar dos botos.
• Nenhuma das incontáveis lombadas da PA-151, entre Abaetetuba e Igarapé-Miri, apresenta sinalização horizontal.
•Na última sexta-feira, uma família inteira escapou de um grave acidente por conta de a pintura das lombadas estar completamente apagada, e a placa encoberta por um grande veículo estacionado à margem da pista.
•A empresa Henvil de Navegação espera apenas a vistoria técnica para lançar às águas a moderna lancha “Álamo”, com capacidade para 246 passageiros divididos em dois decks.
•A nova embarcação promete viagens confortáveis entre Belém e Soure, na Ilha do Marajó, em menos de duas horas.
•A lancha deverá estrear na linha antes do Natal, a partir do Terminal Hidroviário de passageiros, na avenida Marechal Hermes, diariamente.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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