O período em que o Maracanã ficará sem atividades será informado em breve, após a realização das duas próximas partidas já agendadas
A administração do Maracanã, composta por Flamengo e Fluminense, comunicou nesta terça-feira que o estádio ficará fechado, por período ainda indeterminado, para recuperação do gramado. De acordo com a nota oficial, o fechamento será efetuado depois da partida entre Flamengo e Internacional, marcada para as 18h30 de sábado, 26, na abertura da 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Antes, às 21h30 desta quinta, o Fluminense também joga no Maracanã, contra o Olimpia, pelas quartas de final da Libertadores. Na semana seguinte, dia 3 de setembro, o time tricolor usaria o estádio contra o Fortaleza, pela 22ª rodada. Depois disso, haverá uma paralisação do campeonato para a Data Fifa que vai de 4 a 12 de setembro. O comunicado da gestão do complexo, contudo, não garante que a recuperação já estará concluída até a retomada.
"O período em que o Maracanã ficará sem atividades será informado em breve, após a realização das duas próximas partidas já agendadas, quando serão feitas as verificações e avaliações necessárias para a elaboração do planejamento das etapas de trabalho", diz o texto.
A administração aponta que o Maracanã, com 55 jogos realizados, é "o estádio mais utilizado do Brasil", 15 partidas à frente do Independência, o segundo do ranking, e compara o uso ao dos estádios europeus, que "recebem, em média, 30 jogos por temporada". Além disso, cita fatores climáticos, antes de culpar o Vasco pelas más condições do gramado.
"Considerando-se que nessa época do ano, no Brasil, fatores climáticos como a menor incidência de luz e temperaturas mais baixas interferem na estrutura geral do campo de jogo, mesmo assim o estádio foi utilizado duas vezes neste último fim de semana. Com um intervalo de menos de 15 horas entre as duas partidas realizadas. Uma delas, o confronto Vasco x Atlético Mineiro, no último domingo (20/08), após decisão judicial", afirma.
Flamengo e Fluminense obtiveram a gestão do Maracanã por meio de um acordo com o Governo do Rio. O contrato acabaria em abril deste ano, mas foi acertado um prolongamento até o final deste ano. Interessado em também mandar jogos no local, o Vasco acionou a Justiça para impedir a renovação, mas não foi atendido. Mesmo assim, o clube vascaíno tem se direcionado pontualmente aos Tribunais para jogar no estádio. Em três ocasiões entre este ano e o ano passado, conseguiu vitórias judiciais para usar o Maracanã, a última referente ao jogo do final de semana, contra o Atlético-MG. Com a chuva durante a partida, o gramado ficou bastante danificado.
A GESTÃO DO MARACANÃ
Rivais em campo, Flamengo e Fluminense se uniram para administrar a arena carioca em 2019, após o então governador do Rio, Wilson Witzel, romper o contrato de concessão com o Consórcio Maracanã. Liderado pela Odebrecht, o consórcio havia vencido seis anos antes. Era uma licitação que previa a exploração de todo o complexo esportivo pelo prazo de 35 anos. Mudanças no escopo do contrato, porém, levaram o acordo a resultar em sucessivos déficits milionários.
À época, o jeito encontrado pelo governo para o estádio seguir funcionando foi criar um Termo de Permissão de Uso (TPU) até que uma nova concessão de longo prazo fosse realizada. Assim, a dupla Fla-Flu assumiu a gestão. O problema é que esse TPU já foi renovado várias vezes desde então, enquanto o processo de licitação nunca saiu do papel.
Em outubro do ano passado, a Casa Civil do Estado até chegou a lançar um novo edital de concessão. O documento buscava um acordo com duração de 20 anos e previa a realização de pelo menos 60 partidas na temporada. Dois grupos chegaram a manifestar interesse em assumir a concessão: de um lado, Flamengo e Fluminense. Do outro, Vasco e a construtora WTorre.
O processo, porém, foi suspenso logo em seguida por determinação do TCE-RJ. O corpo técnico do órgão apontou desequilíbrio entre os critérios técnico e econômico no edital apresentado pelo governo, além de considerar que nem todas as etapas prévias haviam sido realizadas - não houve uma audiência pública sobre a concessão, por exemplo. Dessa forma, o acordo de uso seguiu valendo normalmente e a nova renovação foi permitida.
Em abril, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL) disse em entrevista ao Estadão que sua única preocupação era de que o Maracanã privilegiasse "o jogo, não o business" - ou seja, o governo quer que o estádio tenha como principal função sediar partidas de futebol, e não shows.
Estadão Conteúdo
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
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