São Paulo, SP - O dinheiro em espécie como conhecemos está à beira da extinção. Em uma década, o uso das cédulas de papel será apenas uma memória distante e as transações financeiras serão feitas por moeda digital, de forma eficiente, segura e inclusiva.
A previsão é do especialista Luiz Maluf. Como argumentos para essas afirmações, ele aponta os avanços na implantação do DREX, também conhecido como Real Digital, e as recentes resoluções pelo país afora, como a proibição do uso de dinheiro físico para o pagamento do transporte público, em Brasília, vigente desde o início do mês.
“A transição para o dinheiro digital já está em andamento. E medidas como a tomada em Brasília, facilitam a automação, reduzem a necessidade de trabalho humano na cobrança, e melhoram a segurança. Também podemos dizer que é um passo importante para a inclusão de moedas digitais no cotidiano das pessoas, fazendo-as se habituarem, embora o PIX já seja bastante popular entre os brasileiros”, comenta.
Maluf também cita o Projeto de Lei 4068/20, que propõe a abolição do uso de dinheiro em espécie em todas as transações no País. “Embora a tecnologia suporte essa transição, é essencial implementar políticas de inclusão digital para garantir que todos tenham acesso aos serviços digitais”, pondera.
O especialista prevê o fim do dinheiro de papel em dez anos e enxerga a mudança de forma positiva. “O dinheiro físico não é ecologicamente sustentável, sua gestão é difícil e ele facilita a corrupção. Com a tecnologia blockchain, o DREX oferece uma operação segura e transparente”, diz.
O DREX, moeda digital brasileira, criada para substituir o papel, está em desenvolvimento desde o final de 2019, com a fundação do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) do Banco Central. Em 2021, o BC lançou um desafio para que empresas apresentassem protótipos de operações digitais. Em 2023, iniciaram os pilotos operacionais e espera-se que a moeda esteja amplamente disponível até 2025.
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