Canadenses passam a controlar as linhas Vila do Conde-Marituba e Marituba-Castanhal, com 124,7 quilômetros, e duas subestações na Grande Belém.
sistema vendido ao fundo canadense envolve duas linhas de transmissão - uma de Vila do Conde-Marituba, com 56,1 quilômetros; e Marituba-Castanhal, com 68,6 quilômetros - e duas subestações localizadas em Marituba, com todos esses empreendimentos em plena operação comercial.
Desde
o longínquo tempo da Força e Luz, primeira usina do Estado do Pará, passando
pela Pará Electric, de 1905, pela Força e Luz, até 1956, quando foi desativada,
depois Centrais Elétricas do Pará, a Celpa, em 1963, que ganhou, em 1981, o
suporte de Rede Energia, vendida à Equatorial, em 2012, o fornecimento de
energia no Pará estava, de alguma maneira, sob o controle de empresas nacionais.
Isso
deixou de ser um fato nesta semana, no dia 9 de julho, quando foi divulgado que
a Equatorial fechou um contrato de venda de parte da empresa no Pará para um
fundo de pensão estrangeiro, precisamente, do Canadá, país vizinho dos EUA.
A
notícia foi publicada em jornais nacionais que tratam do segmento econômico no
Brasil, mas passou um tanto despercebida. No Pará, parte supostamente
interessada no resultado dessa venda, a novidade passou praticamente em branco.
A
Equatorial Energia vendeu ao fundo canadense CDPQ uma das suas oito Sociedades
de Propósito Específico (SPE) de transmissão, a número 7, no Pará, em uma
transação que avaliou o ativo em R$ 1,19 bilhão, dos quais R$ 840,4 milhões
em equity value - valor patrimonial - e R$ 350 milhões em
dívida líquida.
A
venda foi negociada em um momento em que a Equatorial busca fortalecer sua
estrutura de capital, enquanto se prepara para comprar uma participação na
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp, que será
privatizada em breve, como vive anunciando o governador Tarcísio de Freitas.
O
sistema vendido ao fundo canadense envolve duas linhas de transmissão - uma de
Vila do Conde a Marituba, com 56,1 quilômetros; e outra de Marituba a
Castanhal, com 68,6 quilômetros - e duas subestações localizadas em Marituba,
com todos esses empreendimentos em plena operação comercial.
Segundo
o jornal “Valor Econômico”, no ciclo 2023-2024, que começou em julho do ano
passado, a Receita Anual Permitida desse trecho é de R$ 125,16 milhões.
O
fundo CDPQ está fazendo a compra por meio de ativos que possui na empresa
Infraestrutura Energia, que por sua vez controla a Verene Energia, empresa
focada em transmissão, que tem apostado em M&As - do inglês Mergers
and Acquisitions, ou “fusões e aquisições” - para crescer no Brasil. Um
M&A é um termo geral para designar o processo de consolidação entre duas ou
mais empresas.
Em
novembro do ano passado, a Verene comprou a Intesa da Equatorial, que opera 695
quilômetros em linhas de transmissão, no Tocantins e em Goiás, em uma transação
de R$ 396 milhões em equity - patrimônio líquido -, que, com
as dívidas, chegou a R$ 714 milhões.
Ao
comprar um ativo no Pará, a Verene complementa geograficamente seu alcance, com
a Intesa em Tocantins e Goiás, além de ter linhas de transmissão nos Estados do
Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais, além de uma operação no Uruguai.
Para
que não reste dúvidas: o trecho da Equatorial, entre Vila do Conde e Castanhal,
passando por Marituba, foi vendido a um fundo do Canadá, mas será operado - e
cobrado nas faturas mensais dos consumidores - pela Verene, uma empresa
controlada pela Infraestrutura Energia.
Em
1981, a então Celpa passou a contar com a energia do Sistema Interligado
Norte-Nordeste e, em 1998, por meio de um leilão de privatização realizado em 9
de julho, passou a fazer parte da Rede Energia.
Quem
tem boa memória deve se lembrar que a Rede Celpa foi vendida pelo valor
simbólico de R$ 1,00, em 2012, à Equatorial Energia. O baixíssimo valor estava
relacionado à dívida da empresa, que já ultrapassava R$ 3,5 bilhões, e esse
ônus foi assumido pelos novos donos da empresa.
A
Equatorial Energia S.A, fundada em 1999, uma empresa do Estado do Maranhão, que
atendia, à época, mais de 200 municípios, adquiriu 65% das ações da Rede Celpa
e assumiu as dívidas da concessionária.
Atualmente,
a Equatorial é o terceiro maior grupo de distribuição do Brasil em número de
clientes, operando sete concessionárias nos Estados do Maranhão, Pará, Piauí,
Alagoas, Rio Grande do Sul, Amapá e Goiás, atendendo mais de 14 milhões de
consumidores.
Somente
no Pará, a Equatorial atua na totalidade dos 144 municípios, em uma área de
1.248 mil km², cerca de 14,7% do território brasileiro. No ano de 2023, a
empresa distribuiu 10.874 GWh a 2.990.823 de consumidores, representando um
aumento de 2,6% em relação ao distribuído em 2022, segundo o balanço da
empresa.
Os
investimentos na distribuidora paraense, desde novembro de 2012, somaram, por
sua vez, R$ 2,4 bilhões, em um crescimento de 34,5% se comparado ao valor
verificado no ano de 2022.
A Coluna
Olavo Dutra solicitou maiores informações sobre a venda do trecho
paraense, falando com as assessorias de comunicação da Equatorial Energia em
Belém e no Rio de Janeiro e aguarda um posicionamento.
· O que
se diz nos bastidores é que um ato de solidariedade moveu não mil, como se diz,
mas três milhões de razões politicamente incorretas em Ananindeua,
recentemente. Força, gente.
· O MDB
parece ter adotado a infame prática da ‘rasteira política’ nos municípios onde
as pesquisas eleitorais não lhe são favoráveis.
· Os exemplos estão em Ananindeua e Tucuruí. Em Marapanim,
agora, o plano é ‘tomar’ o PP, comandado por Renato Ogawa, inviabilizando a
pré-candidatura a prefeito do vereador Paulinho Gama (foto).
· Na
ponta das pesquisas, Paulo Gama tem tirado o sono do prefeito Anderson Dias,
onde o MDB não consegue reeleger prefeito há décadas.
· Convenhamos:
em uma escala de um a três, o primeiro gol do Paysandu contra o Ceará, ontem,
ganharia apenas nota 3 - e foi de voleio.
· O gol
de empate do time cearense foi o que os cronistas chamam de “bela feitura”, mas
o desempate, através de Val Soares, Jesus, Maria, José...
· A
estudante autista Ana Clara Menezes, do Clube de Ciências da Ufpa e aluna de
Design do IFPA, vai fazer uma apresentação sobre pesquisa, ciência e inclusão
no painel SBPC Jovem, que acontece na UFPA, em Belém.
· Ana
Clara conta com grande apoio de colegas e professores em um trabalho pioneiro
sobre a participação de PCDs em projetos de pesquisa, ciência e extensão.
· A
situação do presidente Joe Biden é cada vez mais complicada nos EUA. A
apresentadora de rádio Andrea Lawful-Sanders, da Filadélfia, demitiu-se da WURD
Radio após admitir, em uma entrevista à CNN, que algumas das perguntas feitas
ao presidente foram fornecidas pelos assessores.
· Ela
apresentava o programa The Source na única estação de rádio comandada por
negros na Pensilvânia. Sara Lomax, a CEO, disse que as perguntas combinadas
violavam a independência e o compromisso com os ouvintes.
· A
entrevista foi a primeira a uma emissora de rádio após o desastroso desempenho
de Biden no debate contra Donald Trump.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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