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Prefeito de Ananindeua fecha com Geraldo Alckmin e deve ir para o PSB para se candidatar à reeleição

Em duas conversas com o vice-presidente da República, Daniel Santos define futuro político; não houve acordo, nem composição com Helder.

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  • 05/04/2024, 13:30
Prefeito de Ananindeua fecha com Geraldo Alckmin e deve ir para o PSB para se candidatar à reeleição
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oi - ou será -, por assim dizer, menos doído do que se imaginou: o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, fechou acordo com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e deve ir para o PSB, comandado no Pará pelo ex-deputado federal Cássio Andrade, atual integrante do secretariado do governador Helder Barbalho.


Em crise política aberta com o governador Helder Barbalho, prefeito escolhe o PSB como abrigo, depois de conversas com o vice-presidente de Lula/Fotos: Divulgação.

Tido como comandante da chamada “República de Ananindeua”, Dr. Daniel deixa do MDB para se candidatar à reeleição, agora no partido que tem considerável densidade nacional e, no vice-presidente da República, um expoente político, acumulando como quatro vezes o governo de São Paulo e uma disputa à Presidência da República

 

Constrangimento geral

 

O desenlace com o MDB do governador Helder Barbalho estava previsto desde o anúncio da candidatura da atual vice-governadora, Hana Ghassan, à sucessão de Helder, nas eleições de 2026. Naquele dia, querendo ou não, Helder provocou constrangimentos na “República de Ananindeua”, obrigando o prefeito e aliado de então a se espremer na cadeira em que estava sentado, sujeito aos olhares dos presentes. Desde aquele dia, e até hoje, ao menos em público, Daniel jamais se referiu a uma possível candidatura para a chefia do Executivo estadual, embora pareça óbvio para tantos quantos observam a cena política   

 

Negócios são negócios

 

O embate entre o governador e o prefeito avançou com ações mais agudas contra os negócios do prefeito, como o Hospital Santa Maria, em Ananindeua. Daniel perdeu seus indicados para cargos no Instituto de Previdência do Estado, o Iasep - ganhando a solidariedade do atual deputado estadual, Erick Montteiro, do PSDB e amigo pessoal, que também entregou os seus ao governador. O último ato do governo nessa direção ato foi o descredenciamento do Hospital Santa Maria.

 

A polêmica do TCM


No curso dos últimos meses, porém, havia negociações entre o governador, através de seus representantes, e o prefeito. Corre para virar lenda urbana a conversa segundo a qual Helder chegou a oferecer a vaga do conselheiro Sérgio Leão, no TCM, aposentado pela “Lei da bengala” neste mês. O prefeito teria recusado a oferta, propondo o nome da mulher dele, a deputada federal Alessandra Haber, por pretender seguir na carreira política. Relatos chegados à coluna, hoje, apontam o contrário: que Daniel teria chantageado Helder a dar a vaga à deputada federal mais votada nas últimas eleições gerais. Esses e outros detalhes devem ser esclarecidos, um dia, quando Deus mandar bom tempo.

 

Foi em meio a tricas e futricas, aliás, que o prefeito Daniel Santos chegou ao vice-presidente Geraldo Alckmin. A conversa desta semana entre ambos não foi a primeira dos últimos 45 dias e, pelo que comenta, bastaram duas para Daniel definir seu rumo político, todas acompanhadas, ainda que por relatos, pelo secretário de Helder, Cássio Andrade, com quem Daniel Santos mantém boas relações.

 

A coluna apurou hoje que Daniel Santos irá para o partido de Cássio Andrade como o conhecimento dele e sem planos de ocupar a janela do ônibus, no qual ainda nem entrou, conforme manda a regra eleitoral.  

 

"A Cássio o que é de Cássio", teria dito Daniel Santos a um interlocutor, em Brasília.  

 

Papo Reto

 

Impressionante a diligência do TJ do Pará em julgar o agravo envolvendo a mina de níquel da Vale, Onça-Puma, em Ourilândia do Norte, sudeste do Pará.

 

Considerando a quantidade de processos aguardando decisão da Corte, essa da Vale obedeceu ao critério vapt-vupt: o agravo foi julgado no mesmo mês em que foi interposto.

 

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços projeta queda de superávit comercial, antes prevista em US$ 94,4 bilhões, mas agora só US$ 73,5 bilhões.

 

Tudo, jura o governo, por culpa da queda no preço das mercadorias, principalmente dos bens oriundos do agro.

         

O custo da cesta básica subiu em 10 capitais, diz o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 

As maiores elevações foram anotadas no Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal (4,49%) e Aracaju (3,90%).

 

Reduções mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (-2,47%) e Porto Alegre (-2,43%). 

 

Gigantes do varejo como Americanas, Dia, Carrefour, Magalu, Marisa e Casas Bahia enfrentam crise sem precedentes, que deve redundar no fechamento de mais de 750 lojas e 35 mil postos de trabalho em todo o Brasil.

         

Da série "se inveja matasse": Agora mesmo, o governo do Paraná vem aplicando R$ 260 milhões na construção de onze hospitais públicos a fim de ampliar e aproximar os aparelhos de saúde dos cidadãos que mais precisam.

 

A partir de 10 de abril, o Brasil passa a exigir visto de turistas da Austrália, Canadá e dos EUA em portos, aeroportos e fronteiras terrestres.

 O prazo definitivo da janela partidária e os políticos em suas bases negociando alianças, a atividade no Congresso Nacional reduziu-se quase a pó.

Mais matérias OLAVO DUTRA

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.