Gravação atribuída ao secretário-adjunto Ringo Frias contraria versão dada à Justiça e amplia suspeitas sobre responsabilidade da cúpula do órgão.
Áudios sugerem novo episódio de tortura no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, caso que envolve o alto escalão da Seap desde o início do ano/Foto-vídeo-UOL.
ois áudios de difícil compreensão, mas atribuídos ao secretário-adjunto Operacional da Secretaria de Administração Penitenciária do Pará, a Seap, Ringo Alex Rayol Frias, circulam desde a última semana na Região Metropolitana de Belém e levantam suspeitas sobre sua participação em um episódio de tortura a presos. O documento contradiz a justificativa apresentada pelo próprio Ringo ao Judiciário, em que afirmou só ter tomado conhecimento do caso após sua divulgação na imprensa.
Os documentos recebidos pela reportagem detalham ocorrências recentes envolvendo agentes e procedimentos internos. Ouça:
“[...] é importante que o procedimento siga corretamente [...] devemos observar os detalhes [...] atenção à documentação [...]”
“[...] você sabe o que vai acontecer se [...]”
“[...] não se meta ou vai se arrepender [...]”
(Áudios quase inaudíveis, transcrição do que foi possível compreender):
As supostas vítimas da sessão de violência seriam Alex Victor Barbosa da Silva e Romário Martins Farias, custodiados em unidade do Complexo Penitenciário de Santa Izabel. O caso ganhou repercussão no dia 30 de janeiro, quando o portal UOL publicou denúncias de tortura, com imagens de presos nus sendo pisoteados. A repercussão levou ao afastamento de dois policiais e provocou reação imediata do Judiciário.
Em ofício enviado ao juiz da Vara de Execuções Penais da Região Metropolitana, o secretário-adjunto declarou formalmente que não tinha conhecimento do fato até sua veiculação jornalística. O texto, assinado digitalmente, enfatiza que a Seap adotou providências assim que foi “surpreendida” pelo vídeo. Segundo ele, a Corregedoria abriu sindicâncias e os servidores foram afastados preventivamente.
O problema é que documentos e registros de imagem apontam o contrário: Ringo teria estado presente no dia da operação em que as agressões foram registradas. Se confirmado, isso desmonta a versão apresentada à Justiça e coloca o gestor no centro da cena. O áudio agora amplifica essa suspeita.
Fontes internas apontam que a responsabilização recaiu apenas sobre dois policiais, quando na verdade a cadeia de comando aponta mais acima, quer dizer, a corda arrebentou no lado mais fraco. Não seria a primeira vez que a cúpula do Sistema transfere culpas: a lembrança é de um caso anterior, divulgado até pelo Fantástico, em que apenas um coronel foi punido, enquanto autoridades superiores se eximiram.
O caso está registrado em ofícios da própria Seap enviados ao Judiciário, como o Ofício nº 318/2025 e manifestações internas da direção da UCR Santa Izabel V. Em todos eles, há a linha comum de defesa: desconhecimento prévio do episódio. Mas as novas evidências - áudio e registros - podem desmentir essa versão.
O que está em jogo não é apenas a suposta tortura de dois presos, mas a forma como o Estado lida com denúncias graves dentro do sistema prisional. A insistência em negar, associada a evidências de contradição, alimenta a percepção de impunidade. Se apenas os executores são punidos, enquanto os comandantes escapam, a prática da tortura se naturaliza.
Procurado pela Coluna Olavo Dutra, Ringo não respondeu aos questionamentos. O Ministério Público e a Vara de Execuções Penais acompanham o caso. Mas o silêncio do gestor contrasta com o clamor crescente de que a apuração vá além dos elos mais frágeis da hierarquia.
O episódio põe à prova não apenas a credibilidade da Seap, mas a própria capacidade do Estado em coibir violações de direitos humanos dentro de suas prisões. Se comprovada a mentira em documento oficial, a situação do secretário-adjunto pode ganhar contornos criminais. Até lá, resta à sociedade cobrar: quem responde quando a violência parte de dentro do sistema que deveria garantir disciplina e legalidade?
•Dizem que o MDB avalia a possibilidade de abrigar o deputado federal e atual ministro do Turismo, Celso Sabino (foto), em suas fileiras, em meio à turbulência que envolve a saída do União Brasil do governo Lula.
•A chamada Federação – União Brasil e Progressista - estabeleceu que o afastamento de ministro do governo será em “ato contínuo”.
•Como Celso não demonstra interesse em sair da aba de Lula, o MDB espicha os olhos para o vácuo. Celso seria mai8s um na lista de candidatos do partido ao Senado?
•Três funcionários - exatamente três - trabalhavam freneticamente, ontem, sob o sol escaldante de quase meio-dia nas obras de reforma da Feira de Marituba.
•Tanto empenho e tamanha força de trabalho sugerem uma coisa: a prefeitura já deve estar programando a festa de entrega da obra que, pelo andar da carruagem, deve acontecer antes do previsto.
•Curiosamente, o número de falências de empresas cravou 61% a mais que no mesmo período do ano passado.
•Parece que em país de faz de conta o emprego independe de quem os gere...
•Chamou atenção o fato de que nenhum ministro do Supremo foi prestigiar Lula nas festividades alusivas ao Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios.
•A esquerda defendeu a soberania do Brasil em meio ao julgamento no STF e ao tarifaço de Trump.
•Em resposta ao dito julgamento, a direita ocupou ruas de várias capitais e "baixou o sarrafo" no STF, pedindo anistia ampla geral e irrestrita já.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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