Com o tema “Transição, Território e Clima”, a mostra apresenta documentários e curtas-metragens produzidos por grupos e cineastas independentes com foco na COP 30
Belém, PA - Inserida no Festival Saúva, da FASE, que ocorre nos dias 3 e 4 de setembro em Belém, a mostra tem parceria institucional do Coletivo Sem Teto e do Observatório das Baixadas. A curadoria é de Yuri Rodrigues, Pedro Charbel e Izabela Matos.
As sessões serão realizadas no Memorial dos Povos. As histórias narradas nos filmes transitam por diferentes territórios e conectam ancestralidade, memória e cultura com as vivências cotidianas urbanas e rurais.
Segundo Yuri Rodrigues, gestor de políticas públicas, pesquisador e educador popular da FASE Amazônia, a Mostra será o espaço que vai permitir entendermos o poder que as narrativas dos territórios têm para nos ensinar.
Assim, a comunicação e o cinema assumem nesse processo do festival o papel de serem ferramentas fundamentais para reafirmarmos as nossas lutas no combate ao racismo ambiental, em defesa da democracia, dos direitos humanos e pela justiça climática nos territórios.
Serviço
Mostra Saúva de Cinema - Festival Saúva
Data: 3 de setembro.
Hora: 17 às 19h30.
Local: Memorial dos Povos, avenida Governador José Malcher entre rua Dr. Moraes e travessa Piedade, Belém.
Realização: FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional).
Evento gratuito e aberto ao público. Para participar, acesse o formulário de inscrições (https://acesse.one/cUSrk)
Programação
3 de setembro (quarta-feira)
17h06 - 17h55 (49min) SESSÃO 01: Mairi em foco
Afeto como ponto de lança (9min - L - 2024)
Nay Jinknss - (PA)
Sinopse: Se bem querer é olhar com carinho para a nossa história, para cuidarmos na nossa memória com dignidade, neste lugar que se confunde com o nascimento da cidade de Belém (o Ver-o-Peso) compartilhamos um pouco do acreditamos e enxergamos através das nossas lentes e vivências. Desejar felicidades para nossa cidade originária é, também, desejar feliz dia para as pessoas que alimentam nosso território, nossa cultura e nos conectam com nossa ancestralidade.
Guardiãs dos rios (12min - L - 2023)
Realização: Rede Jandyras e Lab da cidade
Sinopse: A memória é uma poderosa ferramenta de luta e por isso fizemos o registro de várias histórias e saberes de mulheres que lutam e protegem o Igarapé São Joaquim há décadas. Assim nasce o documentário "Guardiãs dos Rios: histórias das margens", fruto da histórica da luta de gerações de mulheres que sempre cuidaram do Igarapé São Joaquim.
Ykûarasy - Território Ancestral (13min - L -2023)
Tay Silva (PA)
Sinopse: Icoaraci, um dos oito distritos de Belém-PA, é um dos territórios da Amazônia brasileira atravessados pelas consequências das mudanças do clima e que constrói tecnologias ancestrais de permanência no território, em especial a partir da arte e cultura criadas e compartilhadas com a comunidade. No curta, essa história é contada através de Auda Piani, Maynara Santana e Silvia Maria, ancestrais do território.
Eu não quero mais sentir medo (15min - L - 2022)
André Santos (PA)
Sinopse: A ancestralidade é o fio condutor para um garoto de 15 anos que recebe a difícil missão de reescrever a história do povo preto.
17h56 - 18h53 - (57min) SESSÃO 02: O clima mudou
Recife frio (25min - 10 anos - 2009)
Kleber Mendonça Filho - (PE)
Sinopse: “Recife frio” é um “falso documentário” sobre mudança climática na tropical capital pernambucana que, inexplicavelmente, passa a ser fria. Isso gera mudanças no comportamento da população e em toda uma cultura que sempre viveu em clima quente.
Equilíbrio (11 min - L - 2020)
Olinda Tupinambá - (BA)
Sinopse: Curta-metragem retratando a condição humana no planeta Terra. O discurso da Kaapora, uma entidade espiritual indígena, norteia a discussão crítica da relação destrutiva de nossa civilização com o único planeta conhecido que tem suporte para a vida, e do qual nós mesmos dependemos para continuar nossa existência enquanto espécie.
Chuva do Caju (21 min - L - 2024)
Alan Schvarsberg - (DF)
Sinopse: No coração de um vale no Brasil, Seu Alvino e Dona Neusa plantam e colhem o que a terra dá, como o cajuzinho do cerrado e o baru. O tempo continua passando lento no quilombo Vão de Almas, apesar da seca cada vez mais severa.
18h55-19h30 Debate (30 min): Izabela (mediadora), Nay Jinknss (convidada), Tay Silva (convidada)
4 de setembro (quinta-feira)
15h00 - 15h42 SESSÃO 03: Transição é Luta
Tuire Kayapó - O gesto do facão (9min - L - 2023).
Coletivo Beture, Patkore Kayapó e Simone Giovine - PA
Sinopse: A guerreira Tuire relata para o neto Patkore detalhes sobre o lendário gesto do facão na mobilização contra a Eletronorte, em Altamira (PA), no ano de 1989.
Sem Riscos (4min - L - 2021)
MTST - SP
Sinopse: O curta de animação "Sem Riscos" conta a história de centenas de manas do MTST que chegam em uma ocupação em busca do teto e, no decorrer da luta, têm suas vidas transformadas. Ganho de consciência política, empoderamento, autonomia e representatividade.
Terra para toda essa gente - (23min - L - 2023)
Christian Gilioti - SP
Sinopse: Documentário curto sobre o coração, a mente, a voz e as mãos trabalhadoras de uma família que vive no assentamento Carlos Lamarca (MST), em Itapetininga-SP. A memória da luta, a cultura musical, a experiência com o teatro de Bertold Brecht e o trabalho com a agroecologia são dignos de inspiração para todos os que amam a Mãe Terra e a Humanidade - aqui ou na Palestina.
15h45 - 18h08 SESSÃO 04: Somos o território
Floresta-Casa derrubada - A última maloca do fim do mundo (2 min - L - 2021)
Denilson Baniwa - AM
Sinopse: Uma reflexão sobre a luta por territórios, a violência da colonização, as memórias da floresta e a situação dos indígenas na cidade.
Cavaram uma Cova no Meu Coração (24 min - L - 2024) [senha bebedouro2024]
Ulisses Arthur - AL
Sinopse: Enquanto uma mineradora perfura a terra para extrair sal-gema, uma gangue de adolescentes planeja quebrar a máquina responsável pelos tremores e afundamento do solo.
Mundurukuyü – A Floresta das Mulheres Peixe (72min - L - 2025)
Aldira Akay, Beka Munduruku, Rylcélia Akay - PA
Sinopse: Nas margens do Tapajós, no Pará, a floresta das mulheres peixe espelha a mitologia Munduruku, onde humanos, na origem do mundo, se transformaram em floresta, plantas e animais. No dia a dia da aldeia Sawre Muybu, os espíritos da floresta não são apenas forças espirituais ancestrais, mas parte da família.
18h08-18h38 Mesa (30 minutos): Yuri Rodrigues (moderação), Coletivo Daje Kapapeypi (convidada) e Waleska Queiroz (Observatório das Baixadas).
Foto: Divulgação
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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