Em inauguração de obra, vice-governadora e candidata à sucessão de Helder exagera na dose e sugere campanha eleitoral antecipada, provocando reação de observadores.
Jornalista provoca o procurador eleitoral Alan Mansur e o presidente da Justiça Eleitoral do Pará, José Maria Teixeira do Rosário/Divulgação.
ue a sucessão estadual no Pará já começou não é novidade para ninguém. Contudo, essa antecipação do calendário impõe preocupações legítimas - para dentro e para fora da política - sobre os limites entre articulação política e abuso de poder.
O governador Helder Barbalho, impedido constitucionalmente de disputar um terceiro mandato, escolheu ainda em 2020 que apostaria em uma candidatura de seu arco de confiança pessoal. Desde então, tem sinalizado com clareza a intenção de emplacar sua vice, Hana Ghassan, como sucessora.
Atual vice-governadora e secretária de Planejamento, sem nenhuma experiência eleitoral anterior, Hana é uma figura pouco conhecida do grande público, mas vem sendo projetada intensamente com o apoio da estrutura governamental - o que, sem aventar qualquer ilegitimidade do intento do governador, levanta sérias dúvidas sobre a legalidade e a ética dessa movimentação.
Ao arrepio da legislação eleitoral, a vice-governadora Hana Ghassan, ainda bem “pré-candidata” do MDB ao governo do Pará, já promove, de forma escancarada, sua campanha antecipada. Durante a inauguração de um viaduto no cruzamento das avenidas Mário Covas e Independência, em Belém, correligionários arregimentados por deputados e vereadores aliados, promoveram uma manifestação de cunho eleitoral - prática expressamente vedada por lei em eventos oficiais.
Justiça seja feita. Não falta esforço ao governador. Todas as obras inauguradas no Estado são atribuídas à vice -governadora, desde 2022. Em que pese tamanha exposição, sua candidatura continua patinando nas pesquisas, na melhor das hipóteses figurando em empate técnico com o virtual adversário, o prefeito Daniel Santos, de Ananindeua.
A pergunta que se impõe é: quem está financiando os custos com bandeiras, bonés, jingles, carros de som e o pessoal de apoio? O jingle é uma celeuma à parte, pois enfrenta acusação formal de plágio do jingle de Eder Mauro.
Ela simboliza uma tentativa explícita de transferir capital político de Helder para Hana, utilizando recursos e visibilidade institucional. Trata-se de uma campanha disfarçada, que ignora os limites impostos pela legislação eleitoral e desafia o papel fiscalizador da Justiça Eleitoral. Como bem pontuou um jornalista local: “Se esta manifestação com musiquinha chamando Hana Ghassan de ‘governadora do Barbalho’ não é campanha eleitoral antecipada, ou extemporânea, eu não sou repórter.”
Em flagrante desrespeito à legislação eleitoral, Hana Ghassan, pré-candidata do MDB ao governo do Pará, promove de forma escancarada uma campanha antecipada.
Apesar de toda essa exposição institucional, a candidatura de Hana Ghassan continua em patamares abaixo do ideal nas pesquisas, ainda distante do primeiro colocado. Isso revela que o uso da máquina pública não necessariamente se traduz em apoio popular - e que o eleitor paraense está atento às tentativas de manipulação do processo eleitoral.
A provocação feita pelo jornalista ao procurador regional eleitoral Alan Mansur e ao presidente do TRE, desembargador José Maria do Rosário, é mais do que um desabafo. É um chamado à responsabilidade institucional. Quando agentes públicos se comportam como se estivessem acima da lei, resta à sociedade civil e à imprensa denunciar e cobrar providências.
O silêncio da Justiça Eleitoral diante de abusos explícitos pode abrir precedentes perigosos e corroer os pilares da democracia.
Mais do que uma disputa entre candidatos, o que está em jogo é a integridade do processo eleitoral. A sucessão de Helder Barbalho não pode ser conduzida como um projeto dinástico, onde o poder é transferido por afinidade pessoal e controle institucional. Hana Ghassan tem o direito de disputar o governo, mas deve fazê-lo em condições equitativas, sem o favorecimento indevido da máquina pública.
O Pará merece uma eleição limpa, transparente e justa - onde os candidatos sejam escolhidos pelo povo, e não impostos pelo poder de quem já governa.

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·"Mesmo aos 80 anos, tenho a energia de quando tinha 30". A diferença é que, agora, a experiência vem com menos improviso, e mais fisioterapia.
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Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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